Não sou mais um Lobo Tempest Elf!

A Madrugada se aproximava!

A Lua estava alta e da cor do ouro. Fazendo a felicidade dos ciganos que a tem como Deusa. Menos Magno! Ele não conseguia se integrar aos grupos dos dançarinos, porque seu pensamento estava distante. Depois que Last foi para sua mansão e tudo estava calmo, (pelo menos naquela noite). O Cigano pensava em uma maneira de conseguir reverter a maldição do Lenhador. Ele achava que Adriem não merecia aquilo, mesmo depois que passou a ser uma besta assassina e a devastar as florestas. Ele foi traído!

Adriem mesmo com pouca idade era um dos melhores lenhadores da cidade. Nenhuma árvore que ele cortasse ficava sem outra ao lado que ele mesmo plantava como ensinou seu pai. Tinha uma família linda e muitos amigos os melhores!.

O que fez uma mudança tão drástica em sua vida?

Aconteceu há mais ou menos quinze anos atrás, quando ele ganhou um presente maldito e o aceitou com muita honra! Porque pensava ser um presente bom. Mas esse mesmo presente transformou-o em uma besta assassina e o fez matar seu pai que ele amava. Depois disso Adriem abandonou sua casa com receio de matar sua mãe e nunca mais a viu. Hoje, é um ser em depressão e vive sozinho nas profundezas de seu apartamento num prédio abandonado. Adriem passou a ser lenhador como seu pai, só que não respeitava a lei da floresta, cortava qualquer árvore desordenadamente, não tinha medo, nem se importava com nada a não ser com sua fortuna. Cortava as árvores com ódio, como se elas fossem culpadas pelo seu destino. 
O que o alentava era seu amor pela Elfa da Tempestade a quem ele chamava com muito carinho de “Tempest Elf”

Tempest se apaixonou por ele também, mas não podia levar um ser como o Lenhador para o seio de sua família, entre os elfos. Então se casou com o Rei de Gladiah que a ajudou a esquecer daquele amor louco.

Mesmo assim, ela tentou salvá-lo: Vou lhes contar: 


Capitulo 4 
***

Tudo aconteceu em uma noite de lua quando... Adriem se sentia culpado e resolveu pedir perdão a Tempest
O Sol já estava prestes a se por. Tempest pegou seu arco e suas flechas especiais e foi para a beira do precipício. Ficava em uma marquise saliente na montanha de Gladiah onde ela e o seu Rei iam todo entardecer para assistir o por do Sol e o nascer da Lua.

Esse lugar também era o local onde seu Rei marcou encontro com alguém. Que Tempest não ouviu o nome. Apenas ouviu-o aceitando o encontro.
 Ela não deixou de ir todas as tardes porque poderia encontrar seu Rei no “lugar deles”, ou a pessoa com quem ele foi encontrar-se puderia aparecer ali e explicar o sumiço do Rei. Todos os dias ela fazia a mesma coisa.

Sentava no mesmo lugar comia uma fruta e esperava o nascer da lua!. Naquele dia Tempest ouviu passos atrás dela, sentiu um perfume conhecido... Não se virou! Continuou imóvel... De repente teve um calafrio quando sentiu aquelas mãos que ela conhecia muito bem, pousar em seus ombros. Tempest disse com autoridade para a pessoa que tocou nela:

- Adriem! Não me toque!

Adriem largou-a, deu a volta e ajoelhou-se à sua frente. E com a cabeça baixa falou;

- Me perdoa Elfa da Tempestade!

Feir perguntou surpresa:

- Perdoar por quê? Se for pelo nosso amor não há motivos para perdoar ninguém nem para ser perdoado nosso amor acabou Lenhador.

Adriem olhou-a nos olhos... Em seguida abaixou a cabeça e com movimentos lentos retirou o medalhão de sua família do pescoço, pôs no chão á sua frente e disse:

- Não peço perdão por mim diretamente, mais por alguém que cometeu um erro sem minha intenção.

Tempest aproximou o rosto dele e perguntou encarando-o:

- Como assim Adriem? O que quer dizer? O que você fez?

- Meu Lobo! Foi... Meu lobo que o matou... Matou meu amigo Agaround... Jogou-o daqui de cima naquela noite que marcamos encontro aqui. Perdoa-me!

Tempest girou o corpo se colocando de costas para ele... Tremendo de ódio! Quase não conseguia respirar por não saber o que fazer, nem o que dizer... Aquilo parecia um pesadelo... Como se a ideia tivesse vindo de repente ela ficou de pé.... Pôs a mão por cima do ombro e pegou uma flecha especial, arrumou no arco e apontou para Adriem com os olhos faiscando de ira.

Adriem abriu a camisa e fechou os olhos. Ele estava de joelhos diante dela, Tempest apontou! Com raiva mirou no coração de Adriem... E gritando de fúria, com um grito que acordou a floresta, atirou a flecha que encravou no peito de Adriem jogando-o no precipício.

Ouvindo o grito dele quando caiu no abismo... Tempest soltou o corpo no chão de joelhos, apoiando-se sobre as mãos e chorou! Chorou por seu Rei que nunca mais iria voltar para ela. O único capaz de mantê-la longe de Adriem. Mas... Como num lampejo ela lembrou...

- Por Febeh! Adriem é um Lycan! Eu não o matei! Ele virá me pegar!

Feir pegou seu arco no chão e correu... Correu o quanto podia. Sabia que logo ele estaria em seu encalço.

Chegou aos portões do palácio e contou aos seus conselheiros o que tinha feito e disse triste:

- Livrei-me do Lobo... Mas até quando?

Depois desse dia, o mago da cidade que estava abaixo da Rainha, não deixou mais ninguém sair de casa a noite, com medo do ataque do Homem lobo, mas se isso acontecesse apenas em Gladiah estaria tudo bem, mas vários povos das florestas deixaram de sair de noite com medo.

O Mago decidiu então, colocar um toque de recolher em toda a floresta.

“Ao cair à noite, todos eram obrigados a se recolher para suas casas, com a ameaça de ate mesmo irem para o calabouço se desobedecessem”


. Reuniu seus melhores elfos guerreiros em um grupo de busca e caça ao Homem lobo. O grupo começou com três elfos e passou a ter mais de quarenta elfos, só que eles levavam Hidromel e a população élfica viu que aquele grupo não era de nada.

(na verdade aquilo parecia mais uma reunião de bêbados),


Por perceberem que esses tais elfos não conseguiriam caçar o Lycan os próprios moradores começaram a reunir seus grupos de caça.
Eles caçavam o Homem Lobo com o que se tinha disponível. Enquanto eles procuravam pelos arredores da floresta, os jovens elfos sentiam falta das noites que viravam conversando, ouvindo o Bardo tocar suas canções para que as elfas dançassem.

(esse era um costume antigo, os jovens elfos saiam sem rumo andando pela floresta, falando baboseiras e bebendo Hidromel à-vontade)...

E enquanto o tempo passava, eles ficavam cada vez mais entediados em ter que ficar dentro de casa à noite... Certo dia depois de anoitecer os jovens elfos resolveram chamar Feir a Rainha e caçar o Homem Lobo, Já que ele matou seu marido com certeza ela os ajudaria a pegá-lo. Aliás!

“Ela seria a isca”.


Eles tinham em mente que: como a Elfa estava triste e desolada não lhes negaria isso, então saíram escondido dos pais e foram ao castelo ter com a Rainha:
Furund era o mago aprendiz e chefe da expedição ele falava por todos; Chegaram ao castelo antes do por do Sol que era a hora em que a Rainha Feir tinha o costume de sair para procurar seu Rei. Eles diziam que era a hora em que a “besta” aparecia.
Fizeram-se anunciar; Tempest deu-lhes a palavra e Furund expôs o plano deles.

(A Rainha deveria atrair o Homem lobo e eles o matariam)

Tempest perguntou desafiadora:

- Como jovens Elfos irão matar uma fera que mais de cem homens não conseguiu?

Furund respondeu convencido:

- Com a sua ajuda Majestade! Enquanto ele estiver querendo devorá-la nós atacamos e acabaremos com ele... Com nossas lanças.

- Belo plano! - Disse Tempest satirizando os jovens elfos.

- Voces estão me dizendo então: que eu serei a isca? E se vocês não conseguirem matá-lo eu serei também o jantar do Lycan!

Furund que até àquela hora estava senhor de si disse baixo e pensativo;

- Não senhora! Eu morreria primeiro se isso acontecesse.

-E daí? Voce morreria antes que isso acontecesse e eu morreria depois. De qualquer jeito morreríamos todos e o reino ficaria sem Rei e sem Rainha.

- O que faremos então? - Perguntou Furund desolado

Vendo que se aproximava a hora em que o Sol iria se por Tempest foi até a biblioteca, abriu um baú de prata apanhou um medalhão com pedras vermelhas, colocou no pescoço, pegou seu arco e disse aos jovens elfos:

- Vamos!

Os jovens ficaram plantados no chão com a surpresa de a Rainha ter decidido tão de repente.
Tempest saiu na frente sendo seguida pelos jovens Elfos... Eles tiveram que correr para acompanhá-la tão grande era sua ânsia de chegar ao precipício.

No caminho Tempest foi explicando o que fariam. Contou sobre a profecia que o Mago Latosk havia previsto. Ela disse que aquele era o momento certo, que percebeu isso quando os quatro chegaram a sua porta.

Ao chegarem lá Tempest pediu aos jovens Elfos que fizessem silêncio e se cobrissem de relvas para enganar seus cheiros. Em seguida começou a tocar sua flauta. Os acordes se perderam na floresta assustando os Elfos que sabiam da morte do Rei.

Zook o irmão de Furund olhou para a Elfa que andava em direção ao precipício. Queria gritar que ela não fosse tão à beira do abismo, mas Tempest havia ordenado silêncio absoluto.
Os elfos olhavam-se atônitos... Abiss perguntou

- Ela vai pular?

- Shiuuuuu - fez Furund...

Alguns minutos depois a Lua apareceu amarelo ouro clareando a montanha.
Tempest preparou-se sabia que ele viria a qualquer momento, continuou a tocar sua canção triste. Ouviu um grito abafado... Mas não se virou, fingiu que não ouviu, sabia que foi o Lobo que chegou assustando os elfos, o Lycan era grande forte e tinha a aparência assustadora!
O Lobo rosnou á metros atrás da Elfa que continuou imóvel. Ele se aproximou ameaçador. Os elfos se desesperaram!

- Ele vai matá-la!

Falou Zook assustado e Furund lhe tapou a boca sussurrando:

- A rainha mandou esperar a ordem dela. Cale-se Zook!

Bem devagar sem parar de tocar Tempest segurou o medalhão com força na mão direita, o Lobo estava à passos de atacá-la... Ela parou de tocar e disse umas palavras que foram lhe ensinadas por Elendil o elfo Mago de Uhat e virou-se na direção do Lobo que estava pronto para o ataque.

Das mãos da Elfa saiu um relâmpago que partiu em direção a criatura acertando-o por baixo, pois ele estava de pé nas patas traseiras, pronto para o ataque. Tempest deu o aviso para que os elfos atacassem.

Abiss foi o primeiro a pular do esconderijo com sua rede feita de fios de cipós mágicos, Furund mostrou a Zook a direção que o Lobo ferido estava tomando... Enquanto o grande Lobo corria e se desviava de seus adversários a Elfa assobiou para ele fazendo-o retornar ao ataque contra ela.

O pequeno Toska entre uma esquiva e outra da Fúria do Lobo, aproveitou a chance e jogou para a Rainha um saquinho de couro que ela pegou no ar, no momento em que o Lobo atacou... Tempest recebeu uma trombada de Furund livrando-a do ataque.

Ela que não estava acostumada com a dor caiu ferindo-se na coxa em uma pedra pontuda. Isso não tirou sua concentração e o raio que saiu de sua mão seguiu em linha reta, fazendo torrar a cabeça do Lobo que grunhiu de dor. Parando um pouco o ataque para logo revidar.

Aproveitando esse momento de distração do Lobo. Tempest apanhou o pó cristalizado de prata no saquinho que o pequeno Toska lhe passou e preencheu o espaço de uma pedra preciosa que faltava no medalhão. Nesse instante Furund tentou levantar a Rainha e Ambos receberam uma forte pancada da grande pata do Lobo que os jogou longe.

Ambos cuspiram sangue. Mas levantaram-se rápido!

Ao se refazer, todos se olharam firmando o plano. Então Furund e Tempest atacaram em dupla confundindo o grande Lobo. Furund conseguiu dar uma estocada com sua lança, mas não foi o suficiente... Aquele Lycan vagava entre os povos da floresta a muito tempo

Mas Tempest conjurou o poder do auxílio de Elendil - (o Elfo mago) e de Latosk (o mago de seu povo) sobre ela. Sentindo novas forças revigorarem e percorrerem o seu corpo. Toska, Furund, Abiss e Zook rodearam o Lobo atordoando-o enquanto Tempest recebia todo poder da floresta para... Acertar seus golpes no grande Lycan que já estava na frente dela...  Mas o Lobo desviou.
 Tempest disse as palavras mágicas enquanto mantinha o olhar fixo nele

Imediatamente o Lycan sentiu o corpo ficar muito pesado, e logo percebeu que não conseguiria se mexer. Aproveitando essa oportunidade, com um movimento rápido Tempest cavalgou o Lobo e passou o medalhão por seu pescoço. Fazendo-o uivar e tombar pesado ao chão.

Porém apenas o golpe de Toska que foi profetizado pelo mago Latosk seria efetivo para cortar o pescoço do maldito. O lobo agora jaz sem forças olhava para Tempest que não conseguiu coragem para matá-lo.

Ao ver a piedade da sua Rainha Toska abaixou a espada que iria cortar a cabeça do Lobo! Furund gritou para ele:

- Faça Toska! Corte a cabeça dele! Viemos aqui salvar esse lugar e acabar com os planos desse monstro...

Furund parou de falar quando viu Tempest abaixar-se sobre a fera... Ela apanhou o medalhão que pôs no pescoço dele, Retirou o pó cristalizado de prata da cavidade do medalhão e colocou em uma flecha mágica explosiva... Em seguida ela se levantou puxou o arco com lágrimas nos olhos e atirou no lobo a flecha com as partículas de prata que se espalharam por todo seu corpo profundamente.

Mas a prata não matou o lobo como todos esperavam. 
Ele apenas voltou a ser o Lenhador diante de todos. Furund Cobriu-o com sua capa e foram embora o deixando ali no chão

Assim Adriem passou a ser apenas um lenhador com o grande remorso de ter morto seu amigo Agaround... E sem ter a esperança de reconquistar a Elfa Feir Mereenwen. 
Tempest abdicou do trono que só lhe tinha valor em companhia de seu amor o Rei Agaround... 
E...  Voltou para Uhat a Floresta dos elfos de Luz e o seio de sua família... 


Conclusão 


Agaround foi morto pelo Lobo de Adriem. Mas Tempest sabia que ele não podia controlar a fera.
Seus pais e o Povo da Floresta fizeram uma festa para a Elfa que voltou para o lar. Mas nenhuma festa nesse mundo poderia lhe dar alegria nem lhe traria contentamento, muito menos, arrancaria de seu coração tamanha dor. Tempest despiu-se de suas vestes de festa vestiu suas mini-vestes vermelhas que lhe permitiam movimentos livres, apanhou seu arco e saiu embrenhando-se na mata, nem deram por falta dela. Não era mais uma rainha era simplesmente Feir Merenwen uma Elfa da tempestade.

Andou por muitas horas floresta adentro até chegar ao rio que estava sereno e exibia o reflexo da lua em suas águas tremulas, a Elfa ficou bastante tempo olhando junto com as fadinhas que ficaram ao seu lado em silêncio compactuando de sua dor.

De repente elas ouviram um choro masculino.
Elas procuraram por todos os lados, continuaram caminhando a procura de onde vinha aquele pranto dolorido.

Tempest temeu que fosse novamente Elendil chorando pela morte de sua esposa.
 Quando Tempest chegou perto, o brilho da Lua mostrou a ela, que não se trata do elfo. 
Quem chorava estava vestido como Humano!
Tempest foi até ele caminhando devagar com uma flecha no arco em posição. Pronta pra atirar e chegou bem perto.

"O humano estava com as mãos no rosto e chorava ajoelhado na beira do rio".
Ela pergunta seca e ameaçadora:

- Quem é você? O que faz nas minhas terras? Vire-se devagar ou posso feri-lo!

O Homem levantou a cabeça, se virou dizendo triste:

- Faça o que quiser Elfa... Não me importo mesmo.

Quando ele viu que se tratava de Tempest Elf e ela também viu que o humano era o Lenhador... 
Os dois se olharam profundamente.

Ele estranhou as vestes da Elfa iguais quando ele a conheceu tocando sua flauta em noite de Luar.
Ela notou como Adriem estava triste, chorando como um menino, ele sempre foi senhor de si! Forte, corajoso, porque estria chorando? Tempest resolveu então perguntar:

- Por que choras Homem Lobo Assassino?

Adriem respondeu depois de um soluço forte:

:- Não sou mais um Lobo Tempest Elf! Sou um Homem! Um homem que sofre como qualquer outro. Enquanto eu tinha meu Lobo... Eu era forte! Ninguém podia comigo! Eu me vinguei de todo mal que me fizeram! Agora... Quando me fazem mal eu posso apenas chorar.

- Quem lhe fez mal Lobo?

- Eu já lhe disse que não sou mais um Lobo! Sou só um Homem! Um Cigano!

- Você é... Um Cigano?

- Sim! Você nunca notou?

- Claro que não! Sua pele é branca como cera.

Adriem chegou mais à frente para que ela lhe visse sob o luar.

- Adriem! Você não tem mais a pele branca...

- Tinha a pele branca por que fugia do Sol, era um Homem Lobo que preferia as noites de lua. Agora sou apenas um Homem.
As vezes por instinto tento uivar, ou aflorara as garras quando alguém me perturba... Mas... Só consigo gritar ou grunhir de raiva, fino e desajeitado. Minhas unhas continuam do mesmo jeito, enterradas na carne... Pela lida com a madeira. Este é o destino que você me deu!

- Eu???


- Sim! Você!

- Isso quer dizer que você queria continuar sendo um lobo e destruindo tudo a sua volta? Assim como fez com o meu Agaround?

Adriem abaixou a cabeça, pensativo e tentou retrucar:

- bem...

- Não tem desculpa Adriem! Você era uma fera! Eu apenas te privei dela.
Só não te matei porque conheço sua história e sei que você não tinha culpa de ser um lobo! Seus instintos animal faziam com que você matasse, mas você como um Homem não ficava muito atrás.
Porque em várias vezes quase destruiu meu povo e toda floresta.
Voce não tinha clemência, não possuía piedade ou consciência de seus atos, não acreditava no amor.

- Mas eu te amo Tempest Elf! Nunca deixei de amar!

- Falo do amor de tudo Adriem! Amor de um todo!! Amor pela Floresta! Você amava a Lua porque era um lobo. Agora você já olhou pra ela? Já viu a beleza que ela possui?

Adriem olhou para a Lua que parecia sorrir pra ele. Era como se estivesse vendo a Lua pela primeira vez e respondeu:

- Não Tempest Elf! Nunca olhei para a lua, nem havia reparado como é tão bela.

- Pois bem! Você ainda diz que eu te fiz mal? Sinta o cheiro que emana de tudo, sinta o aroma da floresta. Veja como é maravilhosa a natureza!
Não acredito que em nenhum tempo de sua vida você nunca tenha percebido isso. O Sol na sua pele, o calor, o sabor da vida, o tilintar da água no seu corpo como gotas de cristais quando você mergulha nos rios. O vento que sopra! O vento são os Silfos quem produz em rodopios constantes para lhe presentear. As elfas produzem às tempestades, as chuvas, as fadas providenciam para que nasçam as flores, para que as árvores estejam sempre verdes. Os seres da natureza também trazem a neve, os furacões, os redemoinhos. Por que esses são os instintos dos Elementais. Até a Salamandra é um Elemental o fogo é necessário para a vida de Gaya!

Algumas pessoas que como você não toma conhecimento de tal preciosidade, destrói partes da Terra! Essa destruição desequilibra a natureza trazendo catástrofes. Tudo que existe na natureza é necessário. Pense Adriem! Você pode ser feliz se quiser. Pode ter alguém, casar, amar. Tente encontrar o menino que você foi um dia e o lobo te tomou e continue a vive-lo. 
Continue sua vida como se voltasse a viver desse ponto. Ainda é tempo! Sei que não vai esquecer a morte de seu pai que o lobo matou, nem a de sua mãe que morreu de tristeza. Mas você se vingou! Não era o que você queria? Adiantou alguma coisa? Voce os trouxe de volta com a sua vingança?

Eu não me vinguei de você pela morte de Agaround?  E estou aqui ainda triste e sofrendo do mesmo jeito.
Eu só quis destruir o lobo. Um dia eu amei o Adriem! E aceitei o Lobo!
O lobo destruiria a minha família do mesmo jeito que o Adriem destruía a minha floresta e eu o amei assim mesmo.

Quando sua carnificina aumentou mais e mais, Me senti vazia por dentro. O meu coração ficou vazio, negro. Empedernido. Não consegui acompanhar isso. Por isso te deixei. Quando me mandaram casar com Agaround, apesar do meu coração ter ficado empedernido eu o amei! Primeiro aceitei só para fugir de você... Mas me apaixonei por ele. Mesmo sendo ele Rei de um povo diferente, quase inimigo de meu povo, Agaround me amava e não me magoava nunca.
Por isso Adriem pense no que te digo! Você ainda tem tempo, ainda pode ser feliz

Adriem que até este momento estava calado disse vindo do fundo do coração:

- Eu só posso ser feliz com você Tempest Elf!

- Não Adriem! Não pode! Eles sempre estariam entre nós.
Agaround e o Lobo! Por isso eu peço a você;  Viaje, vá para longe, seja Adriem! Quer continuar a ser um lenhador? Seja como seu pai, respeite a Natureza, respeite a ordem da vida. e tudo se ajeitará.

Adriem abraçou Tempest apertado, pôs a mão no rosto dela e deixou correr colocando seus cabelos por trás de suas orelhas pontudas, diferentes das orelhas dele, mas que eram muito lindas.
Enquanto sua mão estava por trás das orelhas, seus polegares desenhavam o rosto, os lábios.. Os olhos nos olhos, corpo quase colado... Eles se amaram um dia,  mesmo sendo tão diferentes!

Ele a abraçou apertado longamente, Tempest colocou a cabeça sobre seu peito e ficou assim bastante tempo. Depois se despediram e cada um foi para seu lado.
Feir voltou para casa. Para a sua saudade... Até quando ela poderia suportar aquela saudade, a solidão em meio a uma nação. A falta de Agaround, a vontade de tê-lo com ela, se embrenhando em seus cabelos vermelhos e muito lisos, brincar como faziam nas águas do rio, cantar para as fadas dançar, ir para a beira da montanha esperar a lua e também temer de medo quando ele ia para guerra.
Agaround sempre prometia:

- Não se preocupe minha bela rainha! Eu voltarei!

Mas não voltou... 



Qualquer dia eu contarei como o Lobo retornou Até lá ouvintes.

Até uma próxima história Shubb Raatri








Ruby Chubb
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