O Demônio de Shoutoou


Last levou Magno... Ficar sem saber se ele conseguiria ou não salvar o Cigano era cruel. Kaya podia apostar que seria impossível dado aos danos causados principalmente nos pulmões. Mesmo se conseguisse levá-lo muito rápido a um hospital, se um raio não o atingiu como um grande desfibrilador, desordenando o ritmo do coração e causando uma parada cardíaca. Ele queimou os vasos sanguíneos e danificou os músculos cardíacos, perfurou intestino, estomago e pulmão, sem contar as queimaduras. Ao ouvir isso Sigel perdeu o contato consigo mesmo, com seu corpo e com as forças naturais do universo. foi acometida por uma grande fadiga, reflexos ruins, mau humor, incapacidade de organizar os movimentos musculares ( ficou com tremedeira excessiva) e falta de precisão nos pensamentos e ações.

Capitulo 30

Após um longo tempo em silêncio apenas fazendo companhia para Sigel que não sabia o que fazer ou dizer estava totalmente sem ação. A Vampira perguntou com ternura: 


- Sigel! O que voce fazia nos domínios do feiticeiro ? 

- Eu? Bem... É que... O Elentari porque isso aconteceu? 


-Tente ficar calma! Se o Last não conseguir salvar o Cigano, que é o mais provável de acontecer, voce deve ser forte. Vai, me conta o que fazia aqui. 

- Sim, vou contar: Yasir o capitão do meu pelotão estava com sua amada na beira do rio Rore quando a tempestade se aproximou. Ele procurou a montaria, mas a mesma foi pastar longe do rio e ele nem percebeu. Yasir pediu que a sua amada entrasse bem rápido que ele iria procurar a montaria, mas a chuva apertou e ele resolveu voltar para sua morada com seus próprios pés. Ficou observando sua amada entrar e seguiu para sua morada. A chuva desabou pela floresta cada vez mais escura devido a neblina que descia a aquele horário quase noturno. Yasir caminhava com segurança embaixo da chuva sobre os pântanos, porque conhecia bem o local e conseguiria acha o caminho de volta mesmo com a crueldade da chuva criando dificuldades suficientes. De repente Yasir captou com o canto do olho um movimento e se voltou bruscamente a cabeça para esquerda. Nesse momento Yasir enviou para mim e os lideres do exército as suas memórias e pensamentos, para que fosse possível sabermos o que acontecia caso fosse uma emboscada. Fizemos um circulo de mãos dadas e ficamos observando e vendo por ele tudo que acontecia. Vimos que do lado que ele olhou, algo que a primeira vista nos pareceu uma estátua sobre uma lápide, mas nos surpreendemos quando a estátua se moveu e caminhou... Era a figura de uma cria muito franzina, tinha o peito despido os pés descalços e desceu da lápide. As lãs negras dele pingavam da água da chuva, descendo por sua face bronzeada como um ciganinho. Por instinto Yasir levou a mão à espada e perguntou: 

- Quem é voce? O que faz embaixo de tão grande temporal? 

A pequena cria esboçou um sorriso brincalhão. E Yasir aborrecido falou: 

- Não brinque com Yasir de “Akdeniz Bölgesi” Sou um Capitão Elfo e exijo saber quem és! 

A pequena cria recostou-se sobre o tronco de uma árvore retorcida que antes não estava ali, era um salgueiro frondoso, e naquele momento estava seca, retorcida, seus galhos pareciam dedos apontando na direção do Elfo e a pequena cria disse sarcástico. 


- Um Capitão elfo? Ou um Capitão bastardo? 

Yasir desembainhou a espada, pôs-se em posição de defesa e bradou: 

- Retire o que dissestes! Meu pai veio da linhagem do Clã Langhais! E  eu sou descendente de Meeuk de Langhais. 

A cria balançou a cabeça vagarosamente em negativa e disse: 


- Vosso pai não era o velho elfo de Langhais! Hahahahah 
 Yasir enfureceu-se diante de tão grande insulto amaldiçoando-se pela maneira desajeitada de como recebeu aquela injúria e questionou estendendo a espada 

- Vou perguntar mais uma vez: Quem sois vós criatura desprezível? 

Yasir perguntou com a voz baixa, pausada, mas muito segura enquanto passava a mão no rosto para retirar a água da chuva que descia de suas lãs encharcadas. A cria sem sombra de temor, se aproximou dele e afastou a espada para o lado com a mão, assustando Yasir que percebeu que a cria ficou bem mais velho do que ele... Mais velho até que seu falecido pai. A criatura falou: 

- SOU O DEMÔNIO DE SHOUTOOU! 

Yasir sentiu uma onda de medo tomar conta dele, mas respondeu mesmo assim entre os dentes: 

- Voce é uma criatura totalmente insana! Saia do meu caminho! 

Como se tivesse vivendo um pesadelo o chão cedeu debaixo dos pés do Elfo, chamas negras surgiram diante dos olhos dele... Yasir se curvou involuntariamente arfando e piscando, e ali daquela posição ele levantou os olhos para a criatura tentando compreender o que estava acontecendo... A mente dele estava vacilando como se ele não tivesse mais controle dele mesmo. A criatura agachou para olhar Yasir nos olhos e falou. 


- Escute-me com muita atenção! Eu preciso de um favor seu e não sairei daqui até que voce tenha prometido cumpri-lo. Estas a compreender-me? 

Yasir sacudiu a cabeça descrente enquanto rangia os dentes, e sem ter como reagir tentou cuspir no rosto da criatura... Mas a saliva escorreu pelo queixo dele... A língua se recusou a obedecê-lo. A criatura segurou as mãos de Yasir dentro das dele causando um calor insuportável e o Elfo soltou um grito. A criatura disse sem soltar as mãos do Elfo: 


- Preciso do seu juramento! Ajoelhe-se e jure ser meu! 

Yasir tentou dar uma gargalhada debochada, mas a garganta dele fechou sufocando o som do riso... Os joelhos dele se dobraram como se tivesse levado um chute nas curvas das pernas, Mas ali só tinha a criatura e ele, Yasir desabou na lama... Depois virou-se de lado e vomitou... 


Jura!!! – Repetia a criatura demoníaca. 

Mesmo com toda aquela chuva o calor queimava a pele do Elfo... Para um simples gesto como serrar os punhos ele precisou de toda energia existente em seu corpo e em seu chakra. Yasir riu de si mesmo, mas aquilo não era engraçado. Ele não sabia como, mas tinha certeza que a náusea e a fraqueza que o assolou vinha daquele rapazinho franzino, e pensou que para se livrar daquela agonia só prestando o tal juramento. Pensou em dizer o que precisava, mas antes jurou do fundo do seu coração e para os Deuses élficos que destruiria aquela criatura para se vingar de tanta humilhação. Yasir olhou para aquele pequenino ser com todo ódio as sua alma e disse: 

-Tudo bem! Como não tem outro jeito eu aceito me tornar seu servo. 

Mesmo sentindo a malignidade na voz de Yasir a criatura com um movimento dos dedos o pôs de pé e ordenou: 


- Voce vira me encontrar aqui na próxima lua negra e não tente me enganar! 

- Isso é daqui a uma semana, mas voce não manda em mim sou um Elfo do Clã Langhais o e Capitão do exército “Akdeniz Bölgesi” voce me deve respeito. 

- Voce não é um Elfo de clã nenhum! Voce é um capitão bastardo. 

A criatura falou com um sorriso de escárnio! Yasir tinha na ponta da língua alguns xingamentos que ele preferiu engolir e disse com fria perversidade: 

- Voce tem noção do que estas a dizer-me criatura maligna? 

- Claro que tenho! Voce é filho de uma elfa com um humano descendente dos Druidas de cavalllanti. 

- Um Druida humano? Oras não me venha com sandice. 


- Estou falando sério. Esse Druida era caçador de Nefilins. 

Esse nome assustou Yasir que ouvia falar dos Nefilins como aberrações entre humanos e anjos. Ele só sabia que se tratava de uma raça temida e poderosa. 

- Quem sois vós criatura 

A criatura virou as costas para Yasir e começou a se afastar o Elfo perguntou : 

- Qual o serviço que terei que prestar? Exijo saber do que se trata! 

A criatura soltou uma gargalhada estridente e desapareceu. Sorte que Yasir tinha nos dado a chance de ver o que ele via, ou pensaríamos que ele estava ébrio de Hidromel. Todos nós voltamos a nossos afazeres que eram muitos com a chegada da lua negra que é quando os seres de todos os tipos aparecem para usurpar poderes dos elfos. Com a lida, Yasir se esqueceu de ir ao encontro da criatura... Ele estava montando guarda na entrada da cidadela quando a criatura apareceu diante dele jogando-o de cara no chão e disse que ele não deveria ter desobedecido. Falou para Yasir que ele iria se arrepender. E que agora a pessoa que ele mais amava iria morrer... Yasir pensou logo em sua amada Raza e disse para a criatura que não tocasse nela ou ele o mataria; A criatura zombou dele e mostrou uma pulseira élfica a Yasir que caiu de joelhos implorando pela vida de Raza. A criatura disse que se chamava Maelaan que era um feiticeiro, mas não possuía poderes contra os Druidas, que só ele Yasir um descendente direto poderia fazer o que ele precisava. E disse que o Elfo deveria ir até o clã Langhais com um punhal curto de cabo cheiro de pedrarias e matar o senhor dos Druidas. Um ancião muito poderoso. Yasir disse que matava outros seres no calor da batalha, que não faria isso a sangue frio com alguém que ele nem conhecia, sendo poderoso ou não se ele não tivesse causando danos a ele. A criatura segurou no pulso do Elfo e deu a ele a visão da sua Raza. Ela estava amarrada em uma cruz de cabeça para baixo... No mar... Quando a lua negra aparecesse o mar iria encher e a água chegaria à cabeça de Raza matando-a afogada, porque um elfo das florestas não tem poderes na água salgada. Disse que a morte do Ancião teria que ser naquela noite e por um descendente! Tremendo muito, Yasir pegou a pequena arma branca e se levantou do chão. O feiticeiro disse a ele que deveria matar o ancião apenas na hora em que o sol de punha, essa era a hora em que ele estaria sem seus poderes protetores por apenas três minutos antes do sol desaparecer. Depois voltaria a ser forte e protegido por magia poderosa. Deu as coordenadas do local onde deveria encontrar o ancião, avisou que ele teria até a lua despontar para matar o druida e salvar Raza depois desapareceu. Yasir ficou por uns minutos com o punhal na mão, pensando em como faria aquilo... Matar uma pessoa que nunca lhe causou nenhum dano... E com esses pensamentos remoendo sua mente ele seguiu para as coordenadas que o Feiticeiro lhes deu. 

Yasir aproveitou o que o feiticeiro havia lhe contado para entrar no clã dos Druidas e... Chegando lá contou o que descobriu sobre ser o filho de um Druida e quando disse o nome de sua mãe foi bem recebido por eles com festejos. Yasir se infiltrou entre eles nas comemorações, enquanto procurava  um ponto estratégico para o assassinato, porque estava chegando a hora do por do sol, que foi a hora estipulada pelo feiticeiro para a morte do ancião. O sol começou a sumir como se estivesse se deitando para seu sono revigorante, Yasir ficou perto do Ancião, mas foi retirado de lá,  porque nesse momento ninguém ficava perto dele... Mas Yasir precisava estar junto para poder enfiar o punhal. As nuances começaram a mudar... A cor cinza da noite tomava o lugar do alaranjado do sol Yasir estava a uns cinco metros de distancia do ancião. E ficando cada vez mais nervoso. Como providenciado pelos Deuses da morte o ancião virou de frente para seus súditos que oravam e ergueu os braços em agradecimento a mais um dia vencido. Foi o que Yasir precisava! E aproveitou que era um soldado forte e com boa pontaria ele atirou o punhal com toda sua força para enfincar no peito do ancião... Ao ver aquilo um Druida humano deu três saltos mortais e caiu na frente da trajetória do punhal recebendo-o nas costas, no pulmão... Era um punhal especial forjado com a mais tenebrosa magia negra , e que cortava a imortalidade dos Druidas. Quando Yasir viu que errou Segurou a cabeça entre as mãos desesperado. Sua Raza iria morre... Ele não conseguiu... O ancião pegou nos braços aquele humano que salvou a vida dele e gritou a todo pulmão. 

- NÃÃÃÃO YASIR! ESSE ERA O SEU PAI!!!!


Yasir caiu de joelhos com as mãos no rosto chorando como uma cria. E pediu que fizessem justiça. Os Druidas seguraram o Elfo pelos braços para leva-lo a julgamento, mas o Ancião mandou que o soltassem... Disse que o pior castigo para ele seria conviver com a morte de seu pai. Eles soltaram o Elfo e foram todos para junto do herói morto. Yasir saiu dali e foi até onde estava sua Raza... Chagando lá a água do mar já havia coberto até a cintura dela. Ele cortou as cordas e retirou-a da água, mas Raza estava morta. Yasir levou-a para sua floresta fizeram o funeral e ele saiu em busca do Feiticeiro. Quando ele encontrou o covil, nos enviou suas visões para que assistíssemos sua vingança. Estávamos todos assistindo, vimos quando Yasir atirou no Feiticeiro o punhal que era dele... Mas  com um movimento do feiticeiro a visão do elfo desapareceu. Então eu vim procura-lo na caverna dele. Yasir havia nos mostrado todo trajeto e todas as coordenadas enquanto vinha se vingar. Eu não encontrei meu soldado em lugar nenhum daquela caverna. Destruí o feiticeiro, então não tenho como acha-lo mais. E para piorar tudo... Matei meu amigo Magno pela segunda vez. 


- Segunda vez? 

- Sim uma vez ele me obrigou a mata-lo para livrá-lo do “signo” de magia negra que ele herdou de um bruxo negro. 


- E como ele foi ressuscitado? 

- É uma longa história Kaya! Magno nasceu um tigre. O Sunahara é o Magno... O Cigano é a mutação do tigre que pode mutar para um Vampiro e para um Elfo. Como humano ele é vulnerável. Bem, é o que pensamos. Magno é uma incógnita que só quem conhece a fundo é o Vampiro Last. 

- Então essa mutação em vampiro vem do Last? E o elfo vem de quem? Será de Elendil? 

- Kaya! Será? Eu nunca me aprofundei na mutação élfica. O Vampiro vem sim do Last desde que Magno era uma cria. Mas o elfo... 


- Hummmm Vamos até a mansão....

Kaya pegou Sigel e levou até a Mansão Vladesk’s chegando lá Hector atendeu a porta e disse; 


- Perdoem-me! Mas voces não poderão entrar. Meu pobre mestre está destroçado e em frangalhos. 

Sigel abraçou a vampira chorando copiosamente... e Hector fechou a porta....

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