De Olhos Fechados...


Claro que não meus queridos ouvintes o Cigano não se conformou com o desfecho dessa história, ele não erraria tão feio assim, porque tem dentro de si a percepção de um Elfo,  a de um tigre e querendo ou não a percepção de um original. 

Capitulo 14

Quando escureceu o Cigano vestiu-se como um evangélico e com um livro qualquer na mão sentou-se no banco da praça  fingindo ler enquanto esperava o rapaz voltar do trabalho. Quando viu Tomaz passar para ir a padaria o que ele fazia todos os dias minuciosamente, Magno foi para a casa dele e o esperou na varanda abaixado atrás do murinho. Tomaz chegou com a sacolinha do pão acenou para os vizinhos e sem perceber o Cigano abaixado no escuro destrancou a porta, para só então acender a luz da varanda que ficava do lado de dentro junto à entrada. Assim que ele levou a mão ao interruptor, o Cigano se levantou e o segurou pelo pescoço encostando seu genuíno “Canivete Suíço” nas costas dele. (arma desenvolvida para o exército suíço em 1891 presente do pai de Spencer e que fica sempre no porta luvas de sua Caminhonete Fiat Toro Com tração 4x4)
Magno falou enquanto espetava a cintura do rapaz sem dó:

- Entra em casa em silêncio e sem nenhuma gracinha ou pode se dar mal.

O susto foi tão grande que Tomaz soltou a sacola do pão, Magno chutou para dentro e entraram. Magno o jogou na primeira cadeira que encontrou e socou a cara dele deixando-o nocauteado por alguns minutos, tempo que ele usou para amarrá-lo na cadeira com as mãos para trás e os pés separados. A seguir ligou a TV a todo volume. Ninguém se incomodou Tomaz fazia isso às vezes.
O rapaz despertou e se viu naquela posição e o seu algoz na sua frente olhando-o firmemente e parecendo decidido, ele não o conhecia, nem imaginava o que ele queria... Magno ordenou a ele:

- Desembucha agora, me conta o que voce fez com a moça que voce raptou no aeroporto ontem nas imediações do portão de embarque.

Tomaz começou a pedir socorro e o Cigano socou a cara dele novamente fazendo-o parar de gritar. Tomaz dizia assustado:

- Eu não fiz nada demais lá além de fotografar senhor, sou um homem de paz.

Magno abriu seu “canivete suíço” e disse a ele:

- É melhor voce falar enquanto estou calmo, voce não vai querer me ver enfezado.

- Porque está fazendo isso Senhor? Deus tenha piedade do Senhor um homem religioso.

- Voce acha mesmo que sou religioso?

Falou Magno girando o canivete entre as mãos com a lâmina maior exposta. Tomaz disse:

Mas... O senhor está vestido como religioso e aquela a bíblia em cima da mesa?

Magno foi até a mesa pegou o livro e mostrou a ele a capa.
 “DOCTEUR JEKYLL ET MISTER HYDE”!
O rapaz começou a tremer ao ver sua chance de fazer o evangélico desistir do que pretendia, ir por água abaixo. Magno abaixou-se e retirou os sapatos do rapaz...

- O que voce vai fazer Senhor?

Perguntou Tomaz visivelmente assustado. O Cigano perguntou novamente, dessa vez com mais veemência:

- Não tenho muito tempo! Diga logo onde está a moça e o que voce fez a ela. Da sua resposta poderei salvar ou cortar seus dedos.

- Voce não pode fazer isso, porque eu não sei dessa tal moça! Eu não fiz nada a ninguém, eu já disse que apenas tirei algumas fotos, faço sempre isso é um hobby pode revistar meu celular.

- Eu não posso fazer isso? Quem disse?

Falou Magno cortando a ponta do dedão dele, bem a cima da unha.
Tomaz berrava de dor, mas ninguém ouvia devido ao som da TV no último volume. Ele continuava se dizendo inocente... Cada vez que dizia isso Magno cortava mais uma pontinha da cabeça dos dedos dele... Mesmo assim Tomaz continuava a dizer:

- Senhor tenha piedade! Sou um homem trabalhador, vivo de casa para o trabalho! Quantas vezes precisarei dizer que eu não fiz nada com aquela moça? Eu nem tirei foto dela... Enquanto ela circulava por lá...

Ele continuava a dizer que não fez nada. Então num relance Magno cortou o dedo mindinho bem na falange. Tomaz deu um berro mais aguentou! Não confessou!... Magno olhou bem nos olhos dele e cortou mais um dedo, foi cortando até o quarto dedo, e ele dizendo ser inocente e implorando por sua vida... Mas o Cigano não tinha clemência! Ele estava certo do que fazia agora mais do que nunca! E disse para o rapaz que estava em prantos como uma criança:

- Eu tenho certeza que voce a raptou, então, confessa onde ela está: seja como for, esteja como estiver. Ou voce vai me pedir para te matar.

- Certeza de que moço? Como pode falar isso se não viu nada.

Magno começou a cortar o dedão do pé e disse:

- Voce se entregou quando disse “aquela moça” e quando falou que nem tirou foto dela. Se voce não fez nada como poderia se referir a ela assim? Se eu não dei nenhuma pista além de dizer que ela estava nas imediações do portão de embarque?

Ao terminar a frese Magno decepou o dedão do pé! Tomaz não resistiu a dor e começou a falar

- Está bem eu digo! Mas por favor, não me mutile mais.

- Então me convença! – disse o Cigano desafiador.

- Está bem, eu segui aquela moça dês de que ela chegou no aeroporto! Era uma moça diferente, tinha um brilho especial nos olhos e os cabelos dela eram como o sol. Eu a chamei para conversar, seu ar misterioso me fez sentir algo inusitado, mas ela fingiu que nem me ouviu, continuou seu caminho, com seu andar sinuoso! Fui atrás dela e enquanto ela esperava a revisão da bagagem eu tentei mais uma vez ser gentil. Ela parecia estar em outra dimensão e não me ouvir. De repente ela parou olhou dentro da minha cara e disse;

= Não quero conversar com um homem como você! Uma pessoa sem limites! Se eu não respondi deverias me deixar em paz. Se continuar eu vou chamar a segurança. Não me incomode mais com sua conversa nojenta e sua cara de demente! Que petulância!

- Eu sai da frente dela, a deixei seguir seu caminho.

Tomaz parou de falar e o Cigano calcou o canivete no dedão bem entre os ossinhos das juntas. Tomaz gritou desesperado

- Não!! Não faça isso, por favor! Eu vou continuar!

Magno parou de cortar olhando-o nos olhos... Ele queria a verdade e ao mesmo tempo tinha medo do que ele iria contar... Tomaz continuou:

- Eu fiquei com muita raiva daquela moça metida! Não foi por ela não me querer, eu estava acostumado com a negação das moças, foi por aquela moça me desdenhar daquele jeito! Um cara que só queria ser gentil e lhe fazer companhia enquanto ela esperava a hora de seu voo, mas o ódio foi crescendo dentro de mim, porque ela me ignorava como se eu não estivesse ali. Quando acabou a revista na alfandega ela se encaminhou para o Guichê de embarque e eu a segui. No caminho ela viu uma criança chorando por estar perdida.

- A moça foi carinhosa com aquele pirralho que os idiotas dos pais perderam e eu que queria ser gentil com ela fui ignorado com um papel no chão sujo. Ela foi levar o pirralho até as autoridades responsáveis, na volta quando ela passava em frente a escada rolante o telefone tocou, ela sentou no banco e atendeu sorrindo... Minha raiva nessa hora não media preço, retirei toda minhas economias no caixa 24 horas, fui correndo até um conhecido e comprei um revolver...

Nessa hora, Magno sentiu seu coração acelerar e seu tigre tentar sair, mas se controlou e sem querer apertou o canivete cortando todo o dedão do rapaz... Ele gritou e chorando falou:

- Espera! Eu não comprei a arma para matá-la, eu tinha intenção de fazê-la me servir a força para nunca mais falar comigo daquela maneira. Eu demorei só dez minutos, quando voltei com a arma ela ainda estava no telefone, esperei que acabasse e quando ela começou a subir a escada encostei o revolver na cintura dela e disse que ela me acompanhasse em silêncio ou meu amigo mataria seu pai que estava esperando por ela. Era mentira! Mas ela não sabia... Ela me seguiu em silêncio. Saímos do aeroporto e quando fomos para o ponto dos táxis eu desferi uma coronhada na cabeça dela fazendo-a desfalecer. Chamei o táxi dizendo que minha namorada estava gravida e desmaiou, ele nos levou até meu galpão sem perguntar nada... Eu a levei para dentro, nesse momento ela acordou e avançou em mim dizendo que chamaria a polícia e começou a gritar. Eu cheio de ódio fui pra cima dela pronto para bater muito nela.
Mas o dono do galpão que reside ao lado veio averiguar os gritos, eu pensei rápido: Coloquei-a dentro do armário de materiais e tranquei a porta, depois tirei a camisa, abri as calças e apareci na porta aparentando calmo, enquanto ela gritavam dentro do armário, sorri para o senhorio que veio investigar e disse;

- Desculpa o transtorno estamos fazendo uma “festinha de casal”!

Vendo-me todo desarrumado ele acreditou e me pediu que não fizéssemos tanto barulho que nas kitnets haviam inquilinos reclamando
Me desculpei e fechei a porta. Ajeitei a roupa e abri o armário, ela continuou gritando, me chamando de louco, pervertido, dizendo que que o pai dela iria acabar com a minha vida e mais umas coisas que eu nem ouvia mais, porque minha ira me deixava cego e surdo... Cheguei aos extremos do ódio empurrei ela novamente pra dentro do armário... Ela continuava gritando e batendo na porta... Então eu... descarreguei a arma. Enfim ela se calou...
 Fiquei sentado um tempo pensando no que fazer, como não tinha coragem de abrir a porta do armário eu fui embora. Andei um pouco pela cidade e voltei ao aeroporto para ver se estavam procurando-a, foi quando ouvi o pai dela perguntando a todo mundo por ela, fiquei um pouco por lá para ter certeza de que não desconfiavam de mim, me mostrei bastante depois fui ao galpão... Eu precisava me desfazer do corpo, Mas para meu espanto, quando cheguei lá, não a encontrei no armário! Eu juro!

= Não encontrou!!! Como assim?

- Não sei moço! Ela desapareceu! A porta estava toda atravessada pelas balas e estava trancada por fora com trancas paralelas. Não tinha como ela abrir de dentro do armário...

- E onde estão os outros corpos das mulheres que você matou?

- Eu não matei mais nenhuma mulher somente essa vadia.

- Não a chame de vadia!!!!

Falou Magno dando um sopapo na cara de Tomaz lhe arrebentando os lábios e perguntou de novo.

- Onde estão os corpos?

- Por favor, senhor eu não matei mais ninguém!

Magno se abaixou, colocou a lâmina em cima de todos os dedos que estavam sem as tampinhas da cabeça e calcou todos de uma vez decepando-os de um só golpe...
Tomaz gritou afirmando e chorando de dor:

- Eu não as matei senhor!

E como uma pessoa que perdeu o controle agredindo e ferindo a sua própria normalidade Tomaz continuou enquanto o sangue de seus dedos decepados esguichava longe.

- Eu não matei todas as outras moças de que o senhor fala: Eu apenas as livrei do sofrimento e da agonia, elas eram vítimas desse mundo cruel, eram mulheres sofridas e solitárias como eu.

= Onde estão... Os corpos seu sanguinário? O que você fez com elas?


Magno estava tão lívido de raiva, que tinha sangue nos olhos! Tomaz apontou para o armário onde guardava as bonecas. Magno abriu o armário com o coração aos pulos com receio de ver Mah entre as moças, mas só existiam bonecas. Ele voltou segurou Tomaz pelos cabelos e bateu nele com toda sua força perguntando onde estavam!!
Tomaz que tinha os dentes quebrados disse enquanto o sangue escorria manchando sua camisa branca:

- Retira a boneca oriental e encontra a maçaneta.

Magno tremendo, fez o que ele disse... No fundo havia um portão que levava a um porão escondido embaixo da residência de Tomaz. La embaixo existia covas rasas onde ele enterrava suas vítimas... Magno desenterrou algumas, e...  Elas estavam carecas com as cabeças raspadas... O Cigano perguntou espantado:

- Porque elas estão carecas seu desgraçado?

- Eu as imortalizei nas minhas bonecas infláveis com seus belos cabelos. Foi minha homenagem a elas por seus sofrimentos. Todas serão sempre lembradas.

Falou Tomaz não demonstrando nenhum pingo de remorso.
O Cigano havia desenterrado parcialmente quatro cadáveres já putrefato... Ele havia contado nove bonecas e uma delas tinha cabelos dourados. Magno sentiu suas carnes amolecerem, seus nervos perderem as forças e não quis mais desenterrar as moças, ele sabia que encontraria sua pequena Mah... Que aquela conversa de sumir do armário foi balela para se livrar da morte. Magno voltou ao porão que agora estava com um cheiro insuportável e jogou a terra novamente sobre os cadáveres das moças. Quando voltou Tomaz o olhava para ele como se estivesse esperando um agradecimento.

Aquilo deixava o Cigano insano! Desesperado! Ele não se importava se o rapaz tinha doença mental ou se fosse alguém de sangue frio. Ele não sabia o que fazer... Sentia tanta dor em ter que ir até Juan contar o que havia ocorrido. Como um autômato ele foi até Tomaz pegou o rosto dele com força apertando com sua mão forte e grande, e olhava aqueles olhos frios sem nada dizer. O ódio tomou conta do Cigano e Sunahara assumiu!

O Tigre deu a volta passando para trás de Tomaz que gritava desesperado. Incrédulo! Como um homem se transformou em um tigre tão grande? Sunahara rugia perto da cara dele levando-o ao extremo do medo... Sunahara colocou as duas patas sobre os joelhos de Tomaz... Levando-o as raias da loucura em sentir o peso e o bafo daquele enorme felino sobre ele. Sunahara olhou-o bem dentro dos olhos... Tomaz não conseguiu fecha-los, tamanho era o seu desespero sobre o desfecho... Num movimento brusco Sunahara rasgou a garganta do Tomaz. Depois se deitou aos pés dele e ficou olhando ele morrer sem ar, pelo sangramento e pelo tamanho do naco que ele tirou da sua garganta.

Quando Tomaz morreu Sunahara deu lugar a Magno que pegou um roupão do Tomaz vestiu e ligou para o detetive Rubens Paiva. A polícia chegou!
Encontram os corpos porque o Cigano deixou junto ao corpo morto amarrado na cadeira, um gravador com a história de Tomaz e no final o rugido angustiado de Sunahara.
O Dr. Rubens ordenou que recolhessem e identificassem os cadáveres das moças, ao chegar ao lado do cadáver de Tomaz ele ficou olhando os pedaços de seus dedos bem rente a seus pés, arrumadinhos como se fossem para colar nos lugares, balançou a cabeça e não resistiu a um sorriso quando disse para si mesmo:

- Ele tinha razão sobre esse crápula. Espero que ele esteja bem... Mas onde ele arranjou esse felino para fazer o Tomaz confessar de tanto medo? Bem vou dar um jeito de arquivar esse caso, não quero que persigam aquele rapaz ele já está sofrendo pela morte de sua namorada.

Desfecho:

Magno contou a Juan sobre sua filha! Juan teve que ser hospitalizado e Magno ficou ao lado dele durante uma semana, até que tivesse alta do hospital. Ao voltar para o hotel Juan começou a arrumar suas coisas para voltar ao acampamento... Iria redigir sua carta de demissão...  Magno voltou a seu quarto para arrumar suas coisas, ele iria levar Juan para casa com o corpo de sua filha. Enquanto Juan se preparava para ir ao IML os Federais chegaram em seu apartamento no Hotel Gran Cullinan montados de todo apetrecho de rastreamento. Juan não queria deixá-los entrar porque se negaram a procurar sua filha enquanto tinham tempo. O Tenente Mercury disse a ele.

= Acalme-se senhor Oliver! Nenhum dos corpos era de sua filha! Todos já foram identificados por seus familiares. Isso requer atenção policial: Sua filha foi sequestrada e não raptada.

Juan caiu sentado na poltrona! Seu coração acelerou tanto que ele perdeu o ar... Ela estava viva, mas em eminência de morrer se ele s não fossem rápidos. Ele conhece o gênio de sua Mah e sabe que os sequestradores poderiam se aborrecer com ela. Juan não sabia se se alegrava ou se ficava desesperado... Tentou ligar para Magno e dar a notícia, mas não deixaram-no usar o telefone, precisavam da linha aberta. o Tenente disse que Magno iria aparecer na hora combinada para irem ao IML e diriam tudo a ele...

 Enquanto isso Magno estava deitado em sua cama com os olhos pregados no teto sem nenhuma vontade de pensar em nada. Apenas esperava a hora de ir ao famigerado IML.
Foi quando sentiu o peculiar cheiro de "Pachoulli" e imediatamente falou pulando da cama:

- Last!

Materializou no quarto Last e a Pequena Mah. Magno sentiu vertigem pois não estava entendendo, pensou estar sonhando... Ele não sabia de Last nem de Mah e aquilo era um carinho de sua mente atormentada... Mas... ouviu a voz rouca que ele tanto conhecia:

 - Que é isso "Garoto" Está ficando frouxo?

 Magno se jogou sobre os dois e abraçou-os junto. Só não chorou por que abomina as lágrimas desde menino.

- Santa Kali! Obrigada por ouvir minhas preces! Voces dois estão bem! Como isso aconteceu?

- Acalme-se "Garoto" ou irá elevar meus instintos sexuais aos extremos. Sabe como as emoções humanas me provocam a libido.

Magno deu um sorriso meio sem graça soltando Last e ficando abraçado a Mah que nem conseguia falar tamanha foi a emoção do Cigano ao vê-los. Last explicou:

Assim que voltamos para casa eu fui procurado por um vampiro caçador terrível! Ele era o chefe uma família de bruxos  caçados por vampiros,  a mãe deles para salvar os filhos transformou-os em vampiros muito poderosos e como não foram transformados por mordidas e sim por bruxaria: eles tinham poder sobre os transformados  e os matava livrando a família de ser atacada.  O pai desses vampiros descobriu que seu filho caçula era filho de um Lycan por uma traição da mãe deles... Então esse pai enciumado usou um feitiço para matar o menino, porque um bruxo transformado em vampiro perde o poder de bruxo. mas não conseguiu porque com o feitiço que a mãe fez para transformar seus filhos em vampiro transformou esse menino mais novo em um híbrido 9 Uma mistura de Lycan e Vampiro! Um ser poderoso e que podia andar durante o dia. Esse pai não desistiu criou uma magia que fazia os vampiros não transformados andarem durante o dia para pegar o filho da traição. Os filhos mais velhos vendo aquilo tentaram matar o pai antes que ele matasse o irmão e o morderam transformando-o em vampiro. O Velho Klaus odiava tanto os vampiros que se transformou em caçador e matou toda a família e caça os Originais até hoje. Quando me livrei dele  fincando uma adaga mágica em seu coração e o colocando para hibernar em um sono eterno. Encontrei a pequena Cigana na minha casa sendo tratada por Hector. Agora vou deixá-los que preciso descansar e cuidar  de mim.

 Last se despediu e partiu! Magno abraçou novamente apertado a Ciganinha e perguntou:

- Como foi isso Pequena?

- Voce sabe sobre o que aconteceu no aeroporto Magno?

- Sim querida! Ajudei aos detetives a pegar o "Serial Killer"! Mas como voce saiu do bendito armário de materiais? 

- Então! Eu estava trancada e berrando como doida naquele armário com cheiro de borracha cozida que me sufocava quando o maldito homem  se irritou com meus gritos e armou o cão do revolver eu ouvi e me deitei no chão antes dos tiros, mesmo assim fui atingida por algumas balas  na coxa, na lateral do corpo e de raspão no pescoço, porque não fiquei rente ao chão, fiquei sobre aquelas borrachas. Quando ouvi o silêncio e me senti fraca, sabia que estava perdendo muito sangue, então antes de desmaiar peguei meu bastão e pedi para ir a casa de Last. Eu não sabia onde eu estava e sendo assim, não poderia direcionar-me para junto de papai. Quando cheguei a mansão bati na porta e desmaiei. Acordei ontem a noite. O Last já estava lá e havia me  curado completamente. Sem saber voltar para meu pai pedi ajuda a ele. Last estava me trazendo até papai pelas vibrações cerebrais dele, mas no caminho, ele  disse que voce estava aqui e estava sofrendo , então eu quis vir até voce.

- Obrigado por vir me ver! Fiquei tão feliz. Graças aos céus voce pensou rápido e está bem! Vamos vou levá-la até Juan! Marcamos de ir ao IML identificar seu corpo ele vai ficar feliz demais.
Santa Kali! Juan iria até redigir uma carta de demissão. Vamos rápido. 

- Magno!!

- Sim querida!

- Eu sei que meu pai está sofrendo, entretanto ele já está pensando que me perdeu, então pode esperar um pouquinho mais. Logo que eu me encontrei com ele e vamos para Nova Delhi. Não vou deixá-lo desistir! Vamos ser felizes lá.

- Tudo bem! O que voce quer fazer?

Mah chegou bem juntinho do Cigano e fechou os olhos, seus instintos se apuram... O perfume do Cigano e o calor que vinha do corpo dele a invadiu. Ela continuou com os olhos fechados... Sentiu o cheiro dele, sentiu o corpo dele, seu toque, seu calor... Seu hálito quente junto ao rosto dela... Mah arrepiou-se, instigou-se, inebriou-se... Deixou-se conduzir; Seduzir... Magno perguntou com a voz rouca e trêmula com medo de quebrar aquele momento que parecia tão especial para ela:

- Voce tem certeza?

- Cale-se Cigano!

Mah sussurrou enquanto sentia as mãos quentes dele tocando, procurando, e encontrando o que desejava... A Ciganinha foi moldada pelas mãos dele... Com os olhos fechados...

 Ela se permitia as sensações que o corpo dele produzia nela! A boca ávida, de lábios grossos e quentes procurava nos lábios dela o sabor adocicado reservado para ele... De olhos fechados... Eles sentiam as vibrações de corpos trêmulos... Dominados pelo desejo... Inebriados pelo fogo que emanava dos seus corpos... Naquela doce torrente de emoções, descontrolados e atordoados... Mah estava nos braços do seu Cigano e ele nos braços da sua Cigana... Ela sentia feliz o pulsar do coração dele... O sangue de Mah correu mais rápido... Queimando as suas artérias... O calor... O fogo... Os lábios dele a lhe procurar... E os lábios dela se entregando... O cheiro dele, o corpo, o toque, o calor... O gosto agridoce dele... Mah permaneceu com os olhos fechados... E... Se fez mulher pela primeira vez nos braços do seu Cigano...

As horas passaram sem que eles percebessem... Mah continuava com os olhos fechados com receio de que tudo não passasse de uma insana ilusão... Um sonho irreal... Doce devaneio... O telefone tocou... Ela abriu os olhos e Magno estava encantado olhando sua bela Cigana nua a seu lado. Mas precisavam levantar o pobre Juan estava esperando triste para irem ao IML. Vestiram-se em silêncio. Não queriam quebrar aquele momento mágico. Desceram rápido e foram até o apartamento de Juan. Magno tocou a campainha e quando abriram a porta ele levou um susto com todos aqueles Federais correndo de um lado para o outro. Juan que estava sentado na poltrona imóvel diante de toda aquela parafernália olhou para a porta e gritou:

- Salta Clara! É a minha filha!

E correu para abraça-la. Os Federais com cara de bobo sem entender nada olhava para os jovens.
Dr. Rubens que estava no recinto perguntou antes que segurassem o Cigano para averiguações.

- O que aconteceu meu jovem? Explique-nos.

Magno pensou rápido! Não tinham pensado em nada para dizer, não sabiam da reviravolta do caso então ele falou:

- Meu telefone tocou e alguém não identificado me disse que uma moça com as características da Mah estava andando sozinha pela beira da estrada há uns cinco quilômetros, não pensei duas vezes. Peguei a caminhonete e fui até onde eles disseram. Encontrei-a realmente. Ela não sabia o que tinha acontecido, não é Mah?

- Foi sim! Acordei na beira da estrada senhor Detetive.

Os Detetives entreolharam-se! Juan olhou-a franzindo o Cenho! Mah não estava com aquela roupa... Então mais que depressa ele disse aos Federais que retirava a queixa,  que o importante é que devolveram sua filha sem machuca-la. O Tenente pediu autorização para que Mah fosse atendida pelo médico da força tarefa que estava presente. 
Tudo estava normal! Suas forças vitais estavam excelentes. 
O Detetive com jeito pediu que eles fossem embora já que o senhor Oliver retirou a queixa, nada tinham a fazer ali. Disse que o sequestrador deveria ter mudado de ideia. 
Perguntou a Mah se ela sabia onde estava. Ela disse que ficou vendada o tempo todo e só o que ouvia eram os roncos dos jatos.
Todos foram embora depois que o Juan assinou o cancelamento das buscas por sua filha. 

Quando estavam sós Mah contou ao seu pai o que aconteceu ele quase teve um colapso só em pensar em sua menina nas mãos de um "Serial Killer"  Mah disse a ele que não queria que ele desistisse do seu sonho de ir para a Usina de nova Delhi.  Depois dos argumentos dela Juan aceitou.
Foram os três ao aeroporto remarcar o embarque, eles foram atendidos com toda cerimônia possível! Claro! Não queriam que eles contassem que algo assim aconteceu no aeroporto.
Não seria bom para as empresas de aviação.  
A Empresa aérea: “Lituano Vas” ofereceu uma viajem de jatinho particular sem os devidos acréscimos honorários. Mah aceitou imediatamente! Diante da surpresa de Magno. 
Mas ele não disse nada! Duas horas depois ele se despediu da sua Cigana que foi morar na Índia!

 Dessa vez Magno pegou a estrada de volta mesmo com a noite prestes a desabar sobre a Rodovia expressa de Belorian. Ele estava melancólico com a partida de Mah, porém, estava exultante de felicidade! nem ele mesmo sabia que seria capaz de sentir alegria querendo explodir do corpo e do coração.

Bem, meus queridos ouvintes tudo terminou bem. Graças ao presente das Harpias guerreiras e sua Rainha.
Até uma próxima história!  Shubb Raatri!



Ruby Chubb

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