“Amahru”

33º Capitulo

Sigel chegou ao acampamento muito triste e sem saber o que dizer para os amigos do Cigano sobre o acontecido... Mas para surpresa dela, estavam todos sorrindo felizes como se nada tivesse acontecido com  Príncipe Magno. Sigel ficou sem ação ao ser tão bem recebida com os costumeiros abraços apertados dos ciganos. Dedylson foi ao encontro dela e o coração da elfa quase parou de bater... Porém o alívio veio com o belo sorriso na tez morena do Rei cigano quando disse a ela: 

- Olá elfinha que alegria ter voce na “Floresta negra” outra vez. Veio a passeio? 

Sigel engoliu em seco sem saber o que responder, porque os elfos não mentem! Ela ficou paralisada por algum tempo tentando engolir sua resposta até que conseguiu dizer. 

- Dedylson como voce está belo! Tem algo diferente aqui no acampamento, mas ainda não descobri o que é. 

- Ahahahah Deve ser esse pomar maravilhoso que foi criado pelos nossos novos vizinhos da fronteira, os ciganos do “Clã Manushi” Eles são ciganos de raiz e nos ensinou a plantar e a colher no tempo certo. Venha vamos até minha tenda conversar um pouco. Magno não está no acampamento ele está treinando com um mago por conselho do Rei Elendil. Meu filho está sempre sendo caçado por usurpadores de poder e Elendil achou melhor que ele saiba se defender. Talvez demore um pouco para voces se encontrarem. 

Sigel respirou aliviada. Ela não precisaria contar nada a Dedylson porque ele não iria perguntar. Mas estava muito encucada com aquele treinamento do Cigano Magno. 

- Será que isso quer dizer que meu amigo Magno tem salvação? Por Elentari! 

Pensou a elfa enquanto acompanhava o cigano até sua tenda. Depois de fazer um gostoso desjejum em companhia do Dedylson ela se despediu e foi procurar Elessar, precisava saber o que estava acontecendo. No palácio também disseram que o Elfo estava em uma lida longa que não sabiam quando ele iria voltar. O Coração de Sigel se iluminou, porque o pensamento que ela teve de que Elessar havia escondido a morte de Magno do pai tinha uma brecha para esperança. E com essa esperança pronta para explodir em alegria, Sigel partiu para mansão de Last... Foi recebida por Hector que disse a ela que Last estava ajudando a condessa Irina em uma batalha. Ela com muito receio da resposta dele, perguntou por Magno e o mordomo respondeu que ele estava bem e que não se preocupasse com ele, porque o Cigano estava em boas mãos! Aconselhou-a voltar para seu mundo e focar as buscas no seu Capitão Yasir. A Elfa sentiu seu coração explodir de alegria em saber que Magno estaria bem. Sentiu até vontade de abraçar Hector, mas foi barrada pelo semblante dele sem reação alguma como se usasse uma máscara. Mas Sigel estava feliz, sabia que Magno não estaria tão bem assim depois de ter sido dilacerado por um poder tão devastador, mas estava vivo e isso era o que mais importava no momento. Sigel voltou para seu mundo para convocar os magos, já que Elessar não poderia ajuda-la. 

Enquanto os magos de “Akdeniz Bölgesi” tentavam descobri o que foi feito do Capitão Yasir os dias na caverna onde estava Lorian eram muito solitários, o Elfo a cada dia que passava ficava mais estressado por estar “preso”. E por mais que ele tentasse não conseguia controlar aqueles poderes que já haviam causado cicatrizes em seu corpo, o Elfo havia acertado muitas em si mesmo na tentativa de adquirir autocontrole. Poucos “Magos Arcanos” foram capazes de invocar este poder com maestria. Na caverna existiam pequenas criaturas do gelo muito ariscas que Lorian usava como alvo para seu adestramento... Justamente por serem ariscas e poderem escapar de suas rajadas... Mas para tristeza dele, nenhum alvo destes ataques sobreviviam devido ao tamanho da destruição causada por seus raios. O tempo passou arrastando-se. (Elessar nunca saiu da caverna! Ele provia sem que Lorian percebesse o clima ideal para ele). Após três semanas de treinamento árduo na caverna, o Elfo irritado pela fúria cigana que corria em seu sangue, concentrou toda essa fúria em único golpe, disparando contra uma área onde existiam centenas de estalactites e conseguiu acertar todos eles, deixando o teto da caverna liso. Lorian olhou em volta estupefato  e quase se sentindo feliz pelo feito.  Ele tentava assim, não acumular o poder da eletricidade com nenhum outro que aumentasse o dano que ele causava no ambiente. Como por exemplo: não misturar o novo poder desgovernado ao poder do “Sunahara Baagh” que vinha diretamente dos raios solares. 


O pensamento de Lorian era o seguinte: Se ele disparasse contra um alvo em um combate, com certeza faria um ataque corpo-a-corpo e deveria ser bem sucedido, caso falhasse em uma luta com um feiticeiro que usasse o poder abruptamente, o poder dos raios poderia ser usado contra ele próprio. Sem contar que ele perderia o Karma utilizado na tentativa e precisando de tempo para outro ataque. O Elfo passou então a trabalhar os poderes primeiramente pensando em um ataque maciço, se nesse ataque ele fosse bem sucedido, o alvo sofreria um dano massivo. Se ele utilizasse o golpe contra uma área infestada de adversários, deveria golpear uma superfície por aonde a onda de choque se propagasse por uma área de mais ou menos 10 metros de destruição total, atingindo todos aqueles que estivessem dentro da área de impacto, sendo derrubados ao chão, exceto aqueles adversários que fossem aptos em um salto acrobático adequado para a situação de fuga. Ao término do treinamento daquele dia quando Lorian mais uma vez olhou o teto da caverna liso, ele percebeu que estava conseguindo separar os polos e que a explosão se dava quando ele atirava os raios misturando-os no ar e não em seu próprio corpo. O Elfo deu um belo salto com o punho estendido para cima e gritou algo que pareceu Amahroooooo. Então teve a ideia de chamar seu golpe de “Amahru”


Observando o que acontecia com os animaizinhos nativos da caverna gelada, Lorian percebeu que se aperfeiçoasse aquele golpe seria um ataque poderosíssimo: ele notou que futuramente ao apontar para a vítima em uma batalha o golpe produzirá uma força mágica sufocante no pescoço da mesma cortando o ar. Com isso o oponente terá dificuldade para respirar, fazendo com que largue as armas imediatamente, se debatendo e tentando desesperadamente inspirar. Conclusão:  o adversário ficará impossibilitado de atacar enquanto estiver sob o efeito do golpe “Amahru”. 

O Cigano conseguiu criar o “Amahru” apontando os indicadores para o alvo em movimento, mas ele percebeu também que esse golpe poderia ser falho, porque se precisasse evocar o poder para dois adversários ao mesmo tempo, um não sofreria danos. A próxima etapa então era aprender a misturar os polos na saída de seu corpo, porque sua mão esquerda ejetava os raios negativos e a direita os positivos.

Lorian sorriu esperançoso pensando que quando esse golpe estiver aperfeiçoado, o seu “Amahru” tomará conta do corpo da vítima envolvendo-a por completo e ao final do processo tudo o que restará será uma estátua negra de escuridão sólida que tem como característica peculiar sua feição de pavor. (Alguns místicos consideram este um dos mais cruéis e temidos encantos dentre os mais conhecidos). 

Durante seus treinos de aperfeiçoamento muitas vezes Lorian ficou em grande estresse por quebrar tudo e destruir o que ele tentava tocar inclusive suas roupas. Então, em uma dessas crises ele soltou um berro... O grito dele foi tão alto que estrondou como um trovão. Ele percebeu que isso poderia ser mais uma arma, porque ele poderia ensurdece uma horda por um determinado tempo, sendo pego de surpresa e dando a ele a chance do contra-ataque, sem contar que esse grito poderá estourar os tímpanos do adversário causando dano irreversível. 

Outra coisa que Lorian descobriu, foi que podia emanar um brilho vindo da palma da sua mão como um relâmpago. Esse clarão poderá cegar o adversário temporariamente e também queimar a pele do mesmo. E se esse ataque for a grande intensidade, (ele ainda não havia aperfeiçoado), poderá derreter tudo a sua volta como um grande maçarico. Ele poderá através de uma reação exotérmica cortar qualquer material seja concreto, aço inox, cobre alumínio, ferro fundido, chumbo. Isso nos mostra que nenhuma armadura estará livre do seu poder. 

Na sexta semana de treinamento Lorian descobriu que podia criar pequenos raios para serem lançados contra os seus oponentes. Na sétima semana de muito treino ele descobriu que poderia criar raios com um significante poder destrutivo. Na oitava semana ele descobriu assustado que conseguia sem muito trabalho desenvolver raios com um poder de destruição absurdo. E que poderia ejetar esses raios das duas mãos em diferentes posições ao mesmo tempo. E que eles já saiam de seu corpo misturados e sem causar danos a ele. 

Na nona semana Lorian saiu da caverna; ele ficou a uns dois metros da entrada para o caso de precisar voltar às pressas para dentro. Com muito receio ele pensou no que poderia fazer e que não fosse perigoso para a floresta, a caverna era situada no meio de um Parque Nacional. Olhou em volta o que usar como alvo, mas  teve receio e estava voltando para caverna até ter certeza absoluta que não destruiria nada... Nisso ele viu acúmulos de nuvens então teve a ideia: Iria usar os gestos e a palavra como foi induzido por Elessar para conseguir controlar uma grande tempestade de raios que ainda estava entre as nuvens. Seria um golpe que ele poderia usar no caso de precisar destruir tudo que estivesse pela frente. Ele usou o seguinte critério: Já entendo sobre a potência e a eletricidade dos raios, ele teve a certeza exata ou, quase exata dos volts que estavam nas nuvens que se chocavam; eram de aproximadamente 2000 volts de energia. Ele atacaria a nuvem e quando retornassem ao Ele a potência dos raios estariam equivalentes ou maiores do que 4000 ou 5000 volts. Lorian Respirou fundo se preparou e atacou as nuvens... Os raios duplicados vieram até ele... O Elfo conseguiu suportar a carga e enviou de volta às nuvens e a tempestade ficou completamente “invencível”, podendo desintegrar tudo que atingisse, porque ela chegou a equivalência de 9000 a 10000 volts, ou mais. Antes que o temporal desabasse Lorian preparou seu “Amahru” Quando os raios partiram das nuvens em direção a terra com um grande estrondo, Lorian enviou seu golpe com toda potência que ele havia conseguido até aquele momento... E para sua felicidade, todo o poder dos volts que estavam nas nuvens se chocaram com os raios concentrados do “Amahru” criando uma explosão com um grande clarão que não chegou a atingir o solo. 
Lorian saltou com o punho fechado em riste para cima e gritou


- “Amahruuuu” !!!!!!!!

Finalmente ele havia conseguido controlar seus raios e não causou nenhum dano a natureza. Ao ver isso Elessar apareceu e abraçou o Elfo que não sabia o que pensar ao ver seu amigo ali numa hora tão perfeita. 

..........

Bem amigos, nosso Cigano, elfo vampiro e agora "Senhor dos Raios" está conseguindo vencer seu novo legado. Qual deles irá permanecer para suportar o peso do poder. Logo saberemos  até mais ver! Shubb Raatri!


Ruby Chubb

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