Amaldiçoada

Capitulo 19 
***

Não se sabe quanto tempo o Cigano levou desacordado, se foram alguns segundos, alguns minutos ou horas... Ele despertou sentindo muita dor na cabeça, estava tudo na mais total escuridão... Sem que ele conseguisse ver nem mesmo sua mão ao alcance do rosto. Ele se levantou devagar com as mãos estendidas para tatear no escuro, pôs-se de pé ainda tonto... Deu um trôpego passo intrépido e cansado, sentia um vazio tão grande no estômago, mas não era fome... Por incrível que possa parecer, o Cigano ainda não tinha sentido fome nem sede. 

Após alguns minutos conseguiu sua visão de vampiro novamente, ou quem sabe, sua visão élfica, o que importava era que ele conseguia ver na penumbra do salão onde estava antes de cair... Olhou para todos os cantos do recinto procurando seu pai e nem sinal dele. Pensou decepcionado que tudo deveria ter sido uma visão por motivos da pancada na cabeça? 
Não, não poderia ser isso, porque ele sentiu o perfume do seu tão vaidoso pai, o aroma amadeirado que ele usava, e desde que Magno se lembrava, ele nunca trocou a fragrância que sua Larissa gostava.  Então, o cansado Cigano resolveu voltar todo caminho que fez. Sua cabeça ainda sangrava por motivos da pancada que levou no teto baixo da caverna e pensou: 

- É assim mesmo, um corte na cabeça sangra muito pelo acúmulo de pequenas artérias sanguíneas à flor do couro cabeludo. 

Magno precisava de água para estancar o sangue, só assim conseguiria parar aquele sangramento que deixava um cheiro insuportável, mas para isso teria que voltar tudo que já havia caminhado até aquele ponto onde estava, com todos os obstáculos que tinha vencido para chegar novamente ao rio. Seria um processo tão cansativo que ele preferiu arrancar um pedaço da “capa” que ele ainda usava como vestes e segurar sobre o ferimento comprimindo-o, para assim estancar o sangue e continuar tentando sair da caverna escura. 

Desde jovenzinho o Cigano tinha fé no que ele queria que acontecesse, porque tinha certeza de que, se ele vibrasse a energia certa, o universo teria que devolver a ele da maneira que ele vibrou e não pior... Foi assim que ele perseguiu o sonho de ser um aprendiz do grande “Sir Elegante” que ele conheceu em uma de suas “viagens”. Alguns chamaria isso de loucura, mas ele chamava isso de fé. Fé de que as coisas seriam como ele quisesse se ele fizesse por onde. Fé de que se ele fizesse a sua parte o universo retribuiria de alguma forma. E ele conseguiu todas as vezes que tentou. 

Magno nunca se esqueceu do dia em que ele foi suficientemente forte para tomar a decisão que antes tanto medo lhe causava, medo só de pensar nela. Ele enfrentou um Vampiro cara à cara ainda com dez anos de idade para pedir ajuda, porque precisava provar a Dedylson que ele era um cigano valente, e não o desastre que ele dizia. 
Foi como ter se libertado, foi como ter rompido as correntes que lhe prendiam e abrir aquela porta que por muito tempo havia permanecido fechada para ele, por ser desacreditado. Ainda que pudesse parecer estranho, Magno agradecia a seu pai, pois foi por causa da experiência que ele viveu ao sentir-se desprezado, que ele aprendeu a se valorizar! Aprendeu a se amar como sempre deveria ter feito. Magno falou alto para ele mesmo: 

- Quero que saibas disso pai. Eu era forte mesmo quando voce me julgava um nada! Mesmo quando o destino te levou para longe de mim em um caminho diferente do meu. Espero que tu também tenhas percebido isso Pai, mesmo que tardiamente, porque eu sei que apesar de todos os constrangimentos que passei ao teu lado, eu ainda conseguia ser suficientemente humano para te amar. 

Magno acabou de falar enquanto retirava a bandagem improvisada para ver se havia estancado o sangramento, e quando levantou a cabeça, estava lá novamente o seu pai... Dessa vez Dedylson estava senhor de si, sentado em uma espécie de trono brilhante e olhando severamente para seu filho, como aquela vez em que disse que sua mão era amaldiçoada. Á princípio, o Cigano não se encaminhou para junto dele... Aquela lembrança doía! Seu pai continuava a olha-lo em silêncio até que o Cigano resolveu se aproximar cauteloso sobre o que iria dizer, não sabia se aquele Dedylson que estava olhando-o tão severamente, o trataria com indiferença como antes. 

Quando Magno estava prestes a chegar perto de seu pai que continuava a olha-lo com julgamento... 
O salão iluminou-se de repente... Assustando o Cigano que precisou cobrir os olhos com as mãos, pois a claridade estava ferindo-os. Quando Magno retirou a mão dos olhos e abria e fechava para acostumar-se com a claridade, viu que havia mais alguém no salão em que estava. E não era mais aquele salão de teto baixo, era um salão amplo, com pedras brilhantes incrustadas nas paredes de rocha azulada, donde corriam filetes d’água cristalina por elas dando uma visão magnífica. 
Magno continuou parado até que a criatura que estava no salão junto com ele e Dedylson mandou que ele se aproximasse... O Cigano se aproximou com passos lentos e cautelosos para junto dele e perguntou: 

- Quem é o Senhor? O que aconteceu com a caverna que estava escura há minutos atrás? 

- Me chamam de Peregrino! Sou guardião dessas maravilhas que estão na caverna. Sou um Druida! E a minha mágica não deixa ninguém tentar tirar nada daqui.

- Essa caverna é tão grande Senhor! Quanto mais eu andei, mais eu encontrei caminho pela frente e tenho toda certeza que não andei em círculos. Como saio daqui? Pode me ajudar? Tenho uma missão á cumpri. Mas já não sei o que é real ou o que é ilusão. 

O peregrino chegou perto de Magno que o olhava encantado. Porque as vestes dele pareciam feitas de ouro e pedras preciosas... Os cabelos eram longos e negros como a noite e ele mantinha um belo sorriso no rosto, Porém, Magno não conseguia ver os olhos dele... O que o deixava apreensivo, mas precisava de ajuda e o Peregrino lhes disse sussurrando: 

- Aquele ser ali não é o seu pai! É uma ilusão! Perdoe-me ser tão sincero com voce, mas seu pai deseja que voce não volte para seu mundo. Ele se envergonha de ti e prefere que voce fique perdido nesse mundo em que estas. 

- Meu pai? Mas por que Senhor? Estávamos tão bem nesses últimos meses. O que aconteceu? 

- Não aconteceu nada de novo meu rapaz. Apenas ele continua sentindo repulsa por voce. Nunca conseguiu te aceitar por voce não ter nascido da maneira que ele queria. Agora ele achou uma maneira de acabar de uma vez por todas com a vergonha dele. 

Magno lembrou-se de que seu pai e sua mãe sempre discutiam sobre seu nascimento... Não lembra exatamente o que eles falavam, só que falavam sobre seu nascimento. 
O Cigano segurou a cabeça entre as mãos e gritou com raiva: 

- Eu sempre fiz tudo que pude para ser o que voce desejava Pai! Foi voce quem não estava presente para mim. Eu não tive culpa de ter nascido um animal! Voce não pode me odiar por isso!!!!!! 

- Não se importe com isso rapaz! Corte os laços com ele de uma vez. Renegue seu nome. Voce pode ter coisas muito melhor. 

O Peregrino falou enquanto punha a mão no ombro do Cigano. Aquele gesto causou algo estranho em Magno que se afastou enquanto tentava olhar nos olhos dele... Os olhos do Druida eram indecifráveis. Aquela sensação era ruim... Magno fechou os olhos para se recompor e percebeu assustado que continuava a enxergar, a ver toda aquela claridade como se suas pálpebras fossem transparentes... Então ele se lembrou da elfinha e disse: 

- Emka! Me ajuda querida! A escuridão está tomando conta de meu ser! Já não sei se o que vejo é real ou mágica. 

Nesse momento a claridade se tornou tênue, não ofuscava mais as vistas do Cigano, e ele conseguiu ver surpreso: que o Peregrino só possuía as cavidades oculares, ele deu alguns passos para trás com aquela descoberta... De imediato olhou para onde estava seu pai. No lugar do trono, havia um altar com Santa Clara e aos pés do altar Dedylson estava de joelhos e mãos postas... 
Magno sentiu as lágrimas aflorarem, doídas aos seus olhos, mas ele é avesso ao choro e as engoliu. Tentou se aproximar de seu pai, mas não podia era como se tivesse vendo-o num espelho.
 Magno cerrou os punhos, fechou os olhos e permaneceu assim por uns segundos, a seguir gritou: 

- PAI!!! OBRIGADO POR SUAS ORAÇÕES. EU ESTOU BEM! PAI! EU TE PERDOO! 

Na mesma hora a imagem de Dedylson desapareceu e o Peregrino caiu de joelhos pedindo por sua vida. 

- Por favor! Eu tentei! Eu fiz o que pude! Ele possui muita luz! Não!! Não me mate! 

- SEJA VOCE QUEM FOR! EM NOME DOS ELEMENTAIS DE MINARA LIBERTE ESSE DRUIDA! VOCE NÃO TEM PODER SOBRE A VIDA ELEMENTAL! LIBERTE-O AGORA!! 

Gritou o Cigano fazendo com que a “Runa” ascendesse por baixo da sua “capa” criando uma chama em sua mão. Magno assustou-se, mas manteve a pose enquanto sacudiu a mão retirando-a de dentro da “capa” a chama se apagou... Após acontecer tudo isso, Magno pôde ver materializar diante do Peregrino uma fêmea... Ela era linda! Estava vestida com uma armadura de bronze muito bonita, tinha longos cabelos negros como o céu noturno, um olho azul e outro dourado, e usava as mãos para manter um objeto mágico em suspensão, como se fosse o objeto que causava as ilusões. E sussurrou: 
- Forasteiro voce não manda em mim! 
Voce está na minha caverna e não tem o direito de opinar. Já fez isso uma vez, eu te castiguei. 
E mesmo assim, continuas a se atrever? 

- Voce é a voz da caverna! Sinto-me penalizado em descobrir que voce é um ser solitário que precisa obrigar outros seres a permanecer na caverna, para ter um pouco de companhia. O que faz aqui? 

Falou altivo o Cigano.

- Aqui é a minha Caverna! É voce o forasteiro! E eu te avisei que: “Voce querendo ou não, onde quer que fosses eu iria, e quando voltasses do caminho percorrido, à tua espera estaria”! E aqui estou. E voce não saíra mais. 

- Por que não? Poderemos sair os três daqui. Minara é uma cidade linda! Mesmo não tendo tantas pedras preciosas quanto nessa caverna. Quem é voce? Posso perceber que es uma feiticeira e que es muito poderosa. Pode usar todo esse poder para ajudar os mais fracos. 

Ela olhava para o Cigano e via nele o que nem ele percebia; Ela via nos olhos dele um brilho, um poder e um deslumbramento em seu jeito, em suas palavras!
 Palavras que a fazia perceber com certeza estar diante de uma criatura magica. 
  Ao contrario dela, o Cigano sentiu que sua ideia sobre magia havia mudado e ele temeu, mais do que nunca, temeu estar sendo arrastado para o mal como disse Elessar... 
Magno não conseguia ver nada que não fosse aquela bela visão da fêmea diante dele e daquele Druida de joelhos. Não via mais as pedras incrustadas, nem a beleza da caverna, o som do rio que corria sem parar. Por um momento ele não quis nem saber para onde ela o levaria, nem por qual porta ela o fez entrar naquela "caverna mística". 

- Eu nunca poderei sair daqui! Fui amaldiçoada a ser a guardiã eternamente se sair deixarei de existir forasteiro. 

Quando Magno ouviu novamente a voz dela que estava diferente de sempre... Parecendo até sofrida, foi como se ele tivesse saído de um sonho... A caverna não tinha tanta beleza... 
 Estavam em uma caverna assimétrica... Em um canto havia um fogo fazendo o ar ficar cinzento de fuligem e crepitava, do teto pendiam algumas ervas aromáticas e sobre uma mesa de pedra em outro canto um grande número de potes. 
Magno levou um susto quando viu a bela moça com vestes gastas pelo tempo... E ao lado da mesa uma cadeira de ferro com algumas correntes de elos poderosos... A jovem que tinha um olho diferente do outro e cabelos tão grandes e varriam o chão disse a ele: 

- Não se preocupe, Não vou por voce naquela cadeira! 

- Quem é voce? 

Derdriw! Ela respondeu. 

- Derdriw? Como a heroína irlandesa? 

- Não sei! O que sei é que um mago profetizou que a filha de Telliu seria muito bonita, mas que por isso, os reis e os senhores iriam guerrear por ela e derramariam muito sangue por causa dela, e que os três melhores e maiores guerreiros de Minara seriam forçados ao exílio por sua causa. 
Muitos Minarianos insuflaram ao mago para matar a criança ao nascer, mas o Rei que era muito jovem e inexperiente foi despertado pela descrição de sua beleza futura e decidiu manter a criança viva. Quando a criança nasceu, ele tirou-a de sua família e a criou em reclusão com apoio de uma feiticeira que o ajudava com os trâmites do reino, ela criou a jovem, vivendo isolada nas florestas, Assim que a criança estava com idade suficiente, foi apresentada ao Rei que imediatamente se apaixonou por ela, e por ironia do destino, ela também se apaixonou por ele. 
Quando a feiticeira soube que o Rei iria se casar com Derdriw... Prendeu-a na caverna mística onde ela a criou. Depois correu até o Rei e disse a ele que um corvo gigante havia destroçado o corpo da jovem, e mostrou a ele o sangue na neve, onde muitos corvos se alimentavam de um corpo... 
O Rei não quis averiguar, porque confiava na feiticeira, ele enlouqueceu de amor... E desde esse dia o reino foi governado por políticos, porque o Rei não possuía descendente ainda. 
Quando a feiticeira viu que perdeu o Rei para a loucura, amaldiçoou Derdriw a viver eternamente na caverna. Derdriw aprendeu a usar as magias do encantamento e da ilusão para ter companhia. Mas só consegue manter por sete anos. Essa é minha história. 

- Onde está a feiticeira que te prendeu? 

- Nunca mais ouvi falar dela. Vivi sozinha muitos séculos. 

- Voce já tentou sair da caverna? 

- Nunca! 

- Por quê nunca? 

- Porque não quero morrer! 

- Se voce nunca saiu, não tem como saber se irá morrer. E mais, voce acha que isso é uma vida boa? Enganar pessoas para serem suas companhias por sete anos apenas. 

- Eu as trato bem quando estão comigo! Faço-me amiga delas. Elas nunca veem a caverna como realmente é. Vivem os sete anos felizes, porque trabalho dia e noite para que nunca vejam com a beleza e a pureza da caverna é falsa. Quando vão embora são recompensadas com a ilusão de que são felizes. Eu possuo ouro e faço doações para que refaçam suas vidas. 

-isso não é ter uma vida boa! Veja o que voce me disse Derdriw: trabalha dia e noite para que não descubram a farsa. Isso não é vida. 

- É a única vida que eu conheço! Só não suporto viver sozinha, porque até ser presa eu vivia com Ariana! Ela cuidou de mim como se eu fosse sua filha. Nunca me deixou faltar nada. 

- Não posso desiludir voce, mostrando o quanto essa pessoa foi mesquinha, mesmo durante todo tempo que te criou. Mas te peço que me deixe ir. Tenho um trabalho muito importante e se eu não conseguir realiza-lo terei que ficar aqui para sempre para não destruir o mundo onde existem pessoas que eu amo. Mas não posso prometer que não destruirei o seu mundo. 
Derdriw ficou em silêncio; Mesmo constatando que ela sofreu e que possuía magia assim como ele, isso   não era o bastante para que o Cigano confiasse nela... Além do mais, o que ele poderia dizer a ela além de que tinha que cumprir uma obrigação, não poderia contar o que era, porque dizia respeito a mais alguém além dele. Depois de longo silêncio ela sorriu e disse: 

Voce é muito poderoso! Voce nasceu com esse poder? 

- Não! Eu... Eu ganhei esse dom... 

Magno respondeu assim por pensar que ela falava apenas sobre a “perola rúnica” não tinha como ela saber de suas mutações... Ela fitava-o demoradamente e continuou: 

- É um poder muito belo! 

- Espera Derdriw... Eu... Não sei se... 

- É muito belo sim, e não creia em quem disser o contrário. O poder que voce recebeu é muito bonito. 

O Cigano ficou lisonjeado com o elogio de tão bela criatura e começou a dizer; o que conseguia fazer com aquele poder. Mas ela retrucou bastante séria e sem sutileza nenhuma: 

- No momento meu querido forasteiro! Voce não sabe o que pode fazer com esse poder! Seu poder brota como uma golfada, como um jato impetuoso. Tu és completamente ignorante quanto a ele, voce nem imagina o que fazer para invoca-lo, não sabe a forma de como poderia usá-lo. De que adianta um poder tão supremo se quem o carrega é um poço de ignorância? 

Magno não respondeu, mas sabia que ela estava com toda razão. Até aquele momento ele não pensou em como usar aquele poder que pulsava dentro dele... O que ele fez foi fugir, se esconder... Tudo que fez foi deixar o poder da “runa” escapar sem conseguir controlar. Derdriw continuou: 

- Não se preocupe! Eu posso ajuda-lo, tenho aqui o que voce vai precisar para se livrar da sua ignorância. 

Ela se afastou do Cigano e começou a mexer numa parede tão escura e escondida pela penumbra que ela se surpreendeu quando viu que ali tinha uma estante de madeira, velha e gasta pelo tempo... Imaginou até o cheiro dos cupins e das traças... Ela voltou trazendo um livro grande e pesado e entregou a ele dizendo: 

- Pegue e o devore! É um presente para voce! 

Magno se afastou de costas para longe do livro estendido em sua direção e continuou balançando a cabeça com negação e disse tentando não ser tão desmancha prazeres. 

- Não quero um livro! Não teria serventia para mim. 

Claro que terá! Esse é um livro diferente. Voce não precisa ler o que está escrito nele. Precisa ler o que não está escrito. 

- O QUE? 

Fez Magno enquanto se afastava do livro que vinha em sua direção... Ele se afastou até encostar na parede e a moça não parou de acuá-lo com o livro estendido e disse. 

- Pegue-o! Seu Dom irá te guiar. 

Magno não tinha mais como recuar, fez uma pausa, e a seguir pegou desajeitadamente o livro das mãos da jovem. Abriu ligeiramente o livro e realmente não havia letras nele, continha apenas figuras complexas, um conjunto de coisas, circunstâncias ou atos ligados ou relacionados entre si.
 O Cigano olhou para Derdriw... Ela estava ansiosa esperando o que ele diria. E ele disse: 

- Não tenho tempo! E eu precisaria de muito tempo para decifrar cada uma dessas imagens intrincadas entre si. 

- Óh! Isso é bom! Isso me faz crer que voce realmente consegue compreender. Leve é seu. 

Disse Derdriw extasiada! 

- Levar? Mas... 

- Pode ir! Voce está livre! 

- Estou livre? E ele? 

Falou Magno apontando para o Peregrino que continuava de joelhos. Derdriw pegou o objeto mágico que ela mantinha em suspensão enquanto criava as ilusões e ele voltou a brilhar.  Magno se viu novamente na “caverna mística” e brilhante de antes.
O Cigano  avistou com alegria, o passadiço que o levou até a caverna. A jovem disse apontando para o caminho: 

- Vão! voce e o Druida... 

Magno ajudou o Peregrino a levantar-se e os dois foram para o passadiço... Magno estava desconfiado... Carregava o livro nos braços e andava na frente do Peregrino olhando para trás... Chegou até a porta da caverna... Olhou para fora antes de sair e viu.... Ohhh.... 

Boa noite queridos ouvintes. Logo contarei mais um capitulo da Sagas de Sunahara



Ruby Chubb




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