Estrela

Nova Délhi Índia - 02 de Maio de 2018

Magno Matias

Boa Noite

Escrevo-te essa carta para te contar sobre uma coisa maravilhosa que me aconteceu. Conheci uma moça de nome Estrela ela é linda como uma aparição! Têm os olhos muito azuis, a pele clarinha e os cabelos platinados, mas não é um elfo. 

Eu a conheci um dia em que eu estava muito triste com o falecimento de um funcionário da empresa que era muito querido por todos nós. Ele foi ajudar em um incêndio que ocorreu no prédio perto de onde ele morava... Ele se arriscou para salvar as pessoas, mas morreu asfixiado. Aquele luto estava me doendo, então eu peguei meu bastão mágico e fui para a floresta de "Manipur" é uma das poucas florestas ecologicamente diversas e intactas que restam no planeta. Dentro dessas florestas estão comunidades que prosperam, e são elas que “possuem” e que “controlam” essas áreas florestais sem a mão do governo. Lá encontrei a Estrela na beira do rio, primeiro pensei que fosse um elfo e senti meu coração apertar de saudades e a emoção do momento com o que eu estava passando me fez chorar. Ela veio para junto de mim me acalentar, ficamos amigas e Estrela me contou uma história que se passou com ela. 

- Quando ela era uma menina de sete ou oito anos mais ou menos, acordou admirada e incrédula, em um mundo encantado e diferente do que ela conhecia e de onde vivia. Estrela acordou em uma floresta como a que estávamos naquele dia, e descobriu com grande espanto a maravilha que era a floresta, ficou muito encantada com a variedade de plantas, de árvores, de seres que existiam na floreta de mata fechada em que ela acordou. O que mais encantou estrela foi a cor! O verde das plantas! Ela sentia como se ali por perto existisse um Delineador que determinava o contorno, limitando as dimensões e extremos de toda área de todo segmento. Até mesmo no movimento das folhas ela sentia que alguém sabia como e quando comandar... 

Estrela me disse emocionada como se tivesse vendo o que viveu naquele dia: que as arvores: eram belas, formosas, cheias de vida. Que as raízes pareciam que estavam apenas segurando na terra e estavam prontas para sair andando a qualquer momento. Eram frondosas gigantes mesmo. As sombras delas pareciam que se debruçavam sobre o rio principal que fazia um braço junto a um grande Carvalho centenário, o rio era caudaloso e pacifico, não dava vontade de sair de lá. O leito principal do rio na parte que cortava a floresta tinha água em abundância. Estrela se encantou por uma das afluentes do rio que se chamava "lago-das-fadas" Um local encantado com aroma delicioso de ervas úmidas. Ela gostava de ficar várias horas sentada perto do "lago-das-fadas" pensando por que aquela afluente era denominada assim? Se ali não havia Fadas alguma! (ela nunca tinha visto uma) mas esse nome deixava sua mente encantada a imaginar como seria se tivessem Fadas a voar por ali.··. 

Certa manhã Estrela foi para junto do “lago das fadas”, Era a primeira coisa que ela  fazia ao acordar, ela queria saber se estava a sonhar ou se realmente estava vivendo naquele mundo "de sonhos", sua idade não lhe dava discernimento, apenas deslumbramento. O que ela sabia, era que acordou em uma grutinha gostosa e aconchegante que parecia respirar por ela, em suas lembranças, Estrela sentia essa grutinha como um útero materno que ela adorava estar. E perto do "lago-das-fadas" ela esperava que alguém lhe dissesse o que estava acontecendo? Onde estavam sua mãe e seu pai? Todos os dias ao despertar ela encontrava ao seu lado um desjejum fresquinho de frutas coloridas e um copo de leite que tinha um sabor extraordinário! Mas a menina ainda não havia visto pessoas, apenas cervos, coelhos, corujas e outros animais de pequeno porte. Até que... Naquele dia... Estrela avistou um pequenino ser maravilhoso com cabelos dourados que cobria todo seu corpinho e parecia de ouro! E que incrível! O ser tinha asinhas de louva-a-deus que ficavam vibrando o tempo todo. Estrela prendeu a respiração e ficou admirando o ser que ela pensava ser um "anjo”. Diante dos olhinhos encantado da menina o pequeno ser estendeu a mão para o lago e de sua mãozinha que até o dado momento parecia vazia, saiu um facho de luz da cor dos cabelos dela, e aquela luz fez nascer flores na vegetação do lago. Estrela não resistiu e beleza daquele momento e esboçou uma vibrante  exclamação: 

- Oh! Muito bonito!

Assustando o ser que desapareceu. Estrela começou a chamar queria se desculpar:

- Anjinho! Não vai embora voce é tão lindo! Vem conversar comigo eu estou sozinha.

O silêncio reinou por um bom tempo, que, para a menininha parecia séculos. Até que o ser voltou de vagar, batendo as asinhas freneticamente e pairando no ar, depois com os olhinhos brilhantes ela tocou no rosto da menininha que estremeceu sentindo um calor gostoso percorrer seu corpinho. E depois daquela veio outra e outra e muitas outras... E tosas rodearam Estrelinha! O coração da menina não se continha no peito como se ela também fosse um daqueles maravilhosos seres. Apos alguns tropeços no idioma os pequenos seres conseguiram se comunicar com Estrela e contaram para ela que ali onde elas estavam era um “Bosque encantado” onde a vida estava em seu mais puro ciclo, e que vinha de antes do período “Hadeano” que, seria o Éon mais antigo conhecido pelo ser Humano. Disseram também que elas eram “Fadas” e que elas não eram os únicos seres do "Bosque encantado" Elas eram apenas as responsáveis pelas belezas das flores, que havia outros seres tão belos quanto, e eram mais importantes que elas, seres que reinavam o ar chamados "Espíritos elementais". Para serem mais exatas; faziam existir o Ar. E a seguir as “Fadas” levaram Estrela para conhecer outra parte do “Bosque encantado” para que a menina pudesse ver um dos seres que os humanos chamavam de Silfos ou Sílfides. Estrela estava encantada com tudo, principalmente por ver a maneira com que os seres daquele "Bosque encantado" dominavam a água. Bem, dominavam tudo que existia lá, porque eles eram a própria Natureza. 

Os dias foram passando sem que a menina sentisse saudades de casa, a cada dia descobria algo novo. Todas as criaturas daquele belo e encantado lugar tinham capricho, responsabilidade, carinho e amor infinito com tudo ao seu redor. Além de todos serem preocupados com o bem estar do "Bosque encantado" eles também se preocupavam com a beleza de tudo ao redor. Porque sua rainha era bela, perfeita, amorosa, mas exigia responsabilidade e obediência. Uma verdadeira Mãe. Sim! Uma Mãe maravilhosa! Seu nome? "Dharatï"! Terra para os Homens. Estrela aprendeu que a Terra é um espírito vivo. Que além de cuidar de tudo, anda entre nós, nos transmitindo seu amor, para que assim ela possa ascender bem e feliz. Porque ela não ascenderia se não estivéssemos bem. Ela pode ascender quando quiser, mas como Mãe amorosa, nunca pularia para se salvar deixando "o barco afundar" com seus filhos dentro. Disseram a para a menininha que a Terra esta morrendo, que ela não terá salvação se não quisermos ver seus olhos e seu amor. 

Estrelinha ficou triste apenas nesse momento, quando soube que a bela "Dharatï" poderia morrer por nossa culpa! Por não haver ensinamentos para amarmos esse maravilhoso ser, desde que nós nascemos. Nós aprendemos somente que a Terra é uma esfera perdida no espaço. E nós, quem deveríamos zelar por ela, explodimos ogivas em seu seio, cavamos crateras em seu ventre prenho, retiramos os minerais que são necessários a sua sobrevivência e apenas por ganância. "Dharatï" nos daria de coração aberto o que precisássemos para nossa necessidade, mas nós os seres humanos, não pedimos só o que necessitamos... Nós usurpamos para guardar conosco. Poluímos as águas que precisamos para viver, pois nossa matéria é composta na maior parte de água, desmatamos e queimamos grande parte de suas matas para plantar apenas um pequeno pedaço, o que não seria necessário, pois o que retirarmos da terra para o plantio, viraria adubo para o mesmo. Nós brigamos por cada pedacinho dela, mas não por amor de filho e sim por posse absoluta! Queremos um pedaço da Terra seja como for. Tudo isso deixou Estrela muito triste sentindo-se culpada também, pois ela era um ser humano. Neste momento ela desejou ser um elemento mágico que protegesse a Natureza e a sua tão sofrida "Dharatï"·. 

Vendo que a menina estava tristonha as "Fadas" levaram-na para conhecer mais seres do bosque. Estrela ficou maravilhada quando conheceu os Seres deslumbrantes que gostavam de viver na beira dos rios, eles amavam a água e tinham o rio como local sagrado e de cura. (Não deixavam de ter razão! Até mesmo entre nós os humanos a água é uma grande fonte de cura). Ela conheceu os seres que como nós os humanos eram separados por raça, existiam os de peles escuras como “prata envelhecida” e os claros como "algodão natural" todos com imensas cabeleiras, as dos escuros grossas como agave (sisal) e as dos claros finas como fios de teias, mas muito resistentes. Estes seres faziam de tudo no seu território dimensional, eram amáveis amigáveis, mas também guerreiros. Como filhos de "Dharatï" possuíam magia natural, mas usavam armas brancas caso necessário para guarnição de seus muros, reinos e territórios que foram estipulados por "Dharatï"para que houvesse uma total harmonia entre todos. Esses seres seriam os que os homens chamam de elfos terrestres. Entre os guerreiros não havia restrições entre macho e fêmea, nem o que cada um "poderia" fazer. Desde o momento que um deles escolhesse ser um defensor do reino. Eram designados para postos igualmente. Os próprios soldados se apresentavam aos postos que eles achavam ser capazes de defender, então não havia sacrifícios, nem trabalhos que não pudessem fazer. 

O deslumbramento de Estrela foi quando ela descobriu que as árvores possuíam espíritos. “Todas as árvores do Bosque encantado” tinham seus espíritos. Algumas delas eram hospedeiras como as heras, outras eram grandes como os carvalhos, os cedros. A que ficou mais amiga de Estrela foi o espírito da Sequoia que corria pelo bosque brincando com ela, mas os espíritos não podiam ficar muito tempo fora de suas árvores, mas quando faziam, deixavam Estrela encantada com suas belezas verdes. Estrela me disse que prendeu a respiração de tanto encantamento no dia que ela viu a árvore dos "espíritos" toda acesa de “luz viva”. Ela não saia a noite, mas nesse dia os seus amigos do "Bosque encantado" queriam lhes mostrar que existem outras criaturas no bosque que para visão dela não seriam tão belos. Mas de importância colateral a todos os seres do bosque. Eram tantas luzes que parecia uma árvore de Natal gigante. Quando amanheceu! Um dos quatro reis do "Bosque encantado" acordou Estrela e disse a ela que iriam conhecer seu bem maior. Um ser idolatrado e amado por todos os viventes do bosque. A menina prontamente pulou de sua caminha feita de folhas e pétalas de flores, criada e renovada todos os dias pela própria Dharatï  especialmente para ela. Estrela adorava este Rei! Ele era muito belo, de longos cabelos verdes, se vestia sempre de verde, seus olhos também era do verde mais lindo que ela já havia visto na sua curta existência. Estrela foi arrumada pelas fadinhas, estava muito bonita com suas roupas feitas pelas fadas da harmonia. 

E a menina encantada acompanhou o “Rei verde” Ela e o Rei entraram em uma gruta com entrada quase imperceptível, dentro corria um Rio calmo onde um jovenzinho estava recebendo um novo espírito. As fadas o estavam coroando e o chamavam de: “O filho do Rei do sul”. Que era o “Rei branco” A água do rio e as algas dançavam pelo corpo do menino, Mas... Ele estava tão triste... Talvez por não saber, ou por saber o que iria lhe acontecer dali para frente. Tomada de emoção Estrela chorou com ele, porém seu amigo "Rei verde" abaixou ficando da altura dela e lhe disse carinhoso: 

- Não chore! Ele vai viver. Olhe ali naquela outra ponta, está vendo? Aquele é o seu doador, ele esta feliz por poder se doar para a criança, todos ficarão felizes no final, eles serão amigos para todo sempre.

A menina enxugou os olhos com as costas das mãos e olhou na direção indicada... Ela conteve uma escandalosa exclamação ao por os olhos na criatura tão deslumbrante em sua cabeleira alva mais que a neve e seus olhos de estrelas! Ele enviava seu espírito ao menino e tudo ao redor deles era amor. Aquele amor tomou conta da menina que não desviava o olhar, tanto pela beleza do ser, quanto pela emoção do momento. Os instantes pareciam eternidade, até que tudo terminou. O menino saiu do Rio e foi ao encontro do “Rei branco”, ele o colocou nos braços, o Rei era alto como uma palmeira, o menino se enganchou na cintura dele, deitou a cabeça no ombro do “Rei branco” e disse:

- Obrigado! Você me ouviu chamar eu sabia que voce existe. Eu falei pro meu amigo, mas ele não acreditou em mim. Voce existe sim.

O Belo Rei branco o abraçou com carinho e o chamou de “minha luz”

Pensas que tudo ficou bem como o "felizes para sempre" Magno querido?

Não! Não mesmo! Os grandes anciões não acharam bom que o “Rei branco“ tivesse feito aquela grandiosidade maravilhosa, sabe por quê? Porque a criança era Humana... E com aquele feito ela passou a ser um espirito do "Bosque encantado" e também um ser humano! Os anciões tinham medo que o pequenino não suportasse a sua dualidade. Mas o 'Rei branco" manteve o pé firme e não retirou o presente que deu à criança por nada! Mesmo que o deportassem como um "desobediente”, como um ser que não cumpre os desígnios de um povo. Ele não voltaria atrás. Aquela criança agora... Era o seu filho! E ele já o amava acima de qualquer coisa e não iria perdê-lo por nada. Mesmo que o castigassem. 

O Grande "Senhor do bosque" foi chamado! Era um ser maravilhoso muito alto e em sua testa tinha luz brilhante. E ele decretou que o “Rei branco” fosse desonrado e banido de seu povo, por não servir mais ao que era designado e por desobediência a hierarquia. Eles precisavam manter todo o bosque em harmonia ou tudo se transformaria em um caos como o mundo dos humanos. Pode até parecer maldade, mas não era. Porque quando um faz algo proibido, todos irão se achar no direito de fazer também, porque entre eles existia a igualdade do ser. O Grande Carvalho interveio pedindo por seu Rei; ele sabia o “Rei branco” não desobedeceria por qualquer coisa. Sabia que foi um ato de amor maior... Mas não foi ouvido. O grande “Senhor do bosque” estava decidido a ser irredutível. Não por ser mal, mas por lei. A criança mestiça, sentia-se perdida, não queria perder seu Amigo ele já o amava muito. Mas quem entre Reis anciões e Senhores poderosos ouviria uma criança chorosa. Ah! Sempre acham que crianças estão com manhas. Estrela queria ser poderosa naquele momento e ajudar, ela sentia tudo aquilo como parte dela, mas era somente ela a se sentir assim! ( pelo menos era o que ela achava só tinha sete ou oito anos afinal( então teve a menina uma ideia.
Na sua inocência de menina chamou pelo espírito da grande "Dharatï" e expôs a ela o conflito. "Dharatï"se aborreceu e disse:

- Ser chamada por uma criança! Eu tenho muita coisa a fazer, não posso perder meu tempo com assuntos dos meus súditos.

Estrela então como toda menina faria, pôs-se a chorar copiosamente deixando penalizada a grande Mãe que lhe disse disfarçando o coração dolorido por choro tão sincero.

- Vá criança! E espere. Vou pensar no que fazer, eu estarei indo contra meus próprios mandamentos.
E foi embora! "Dharatï"na sua sabedoria convocou uma reunião e disse aso seus filhos amados:

Meus amados e muito maravilhosos filhos que foram criados a minha prioridade, vejo que um de vocês desobedeceu a Lei. E todos os outros juntamente fizeram o mesmo, por quê? Porque eu não deveria estar aqui. A Sanção punitiva que diz respeito à transgressão ou ao desenvolvimento de uma lei deveria ter sido cumprida imediatamente. Como não foi feito assim, eu estou aqui para consertar.

"Dharatï" parou de falar olhou para o “Rei branco” e seu “filho” e perguntou;

- Vocês sabem o que pode acontecer no Universo por esta junção de voces?

- A criança respondeu

- Vamos ser felizes a gente se ama.

"Dharatï" disfarçou a emoção desviando o olhar para o “Rei branco”. - E ele respondeu;

- Sim minha majestosa mãe!

Então eu decreto aqui neste momento que darei Salvo Conduto ao “Rei branco” e sua criança, Porém:
Todos se olharam apreensivos pensando: no, porém... Oh... - "Dharatï"continuou:

- Quero um cavalheiro! Alguém que irá se responsabilizar pelo que aconteça doravante. Se o universo sair de seu rumo visivelmente por este feito, este cavalheiro irá arcar com a responsabilidade, e ele será banido em lugar dos infratores. Tenho o dito. Quem se apresenta?

- Silêncio total! Seria muita responsabilidade a criança é humano e os humanos não se importam com o que aconteça ao Universo. ...

= Eu Irei! Sou seu Cavaleiro meu “Rei branco”!

Todos olharam para a porta aquela majestosa criatura incandescente que adentrou! Era um ser chamado de Salamandra... Era o “Rei vermelho” as fadas já havia dito a Estrela que o “Rei vermelho” era o senhor dos seres do fogo. "Dharatï" advertiu:

- Voce não pode! Es o “Rei vermelho” tens obrigações com o seu portal dimensional. Além do mais, vocês são incompatíveis! Você é fogo e ele é o gelo (agua e ar).

O ser respondeu certo do que dizia:

= E a criança é um ser humano minha Senhora!! Somos todos incompatíveis, mas o Amor vai vencer como sempre!

"Dharatï" não queria mesmo banir seu filho adorado e tão prestativo. Ela deu o tribunal por encerrado e dispensou todos da reunião que fez para julgamento dos seres mais importantes da terra; três seres incompatíveis perante a natureza, mais compatíveis em seu grande amor: "Dharatï"deixou livre O Fogo, a Água e o Humano para viverem novas aventuras. Eles não tiveram o "Felizes para Sempre" por que suas jornadas estavam apenas começando. E a paz reinou novamente no "Bosque encantado". E a nossa pequenina Estrela continuou a jornada dela para conhecer todos os seres daquele reino maravilhoso. Poucas vezes a menina sentia a falta de sua família, tão grande era o amor entre aqueles seres e ela. Os habitantes do bosque mostraram a beleza e também o que não era tão belo, existia uma espécie designada para cada coisa a fazer. Estrela conheceu todas as espécies de criaturas: 

*Fidalis - que eram as belas e minúsculas silfides - Espírito protetor dos animais. Regiam o elemento: trovão.

*Saúles - Espíritos Protetores dos pássaros – regiam o elemento Ar

*Ävïsh’s - protetor dos animais Marinhos e dos Rios – regiam o elemento Água.

*Ādamaḵẖōras - que eram seres enormes que espantavam os indesejáveis e mal intencionados, o seu tamanho descomunal, sua cara carrancuda e o gosto por pântanos, assustava... Porque para seres que não conheciam a docilidade dessas criaturas quando não precisavam espantar mal intencionados fazia deles monstros.

*Perun’s - protetores dos falconiformes (famílias de aves de rapina diurnas) e os equinos – regiam o elemento fogo

*"Pashupati O senhor do tempo"! Esse era a Cria de"Dharatï"  - Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nascia da Deusa "Dharatï". Sendo seu complemento, trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios da morte e do renascimento. "Pashupati" nascia da Grande Mãe, crescia se tornava adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, faziam amor; a Deusa ficava grávida, e o Deus morria no inverno (no fim dele) e sem ver seu filho nascer. Porque ele precisava renascer novamente na primavera para fertilizar no outono; (Baltame), fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da natureza e mostrava assim os ciclos da nossa própria vida. 

Até que chegou o dia da despedida! Estrela já estava bem, estava saudável forte e cheia de energia. Levaram-na para conhecer seu bem mais precioso! O ser que todo bosque exaltava, adorava e tinha imenso respeito, sem contar no imenso amor. Assim que a menina o avistou, soube que nunca mais o esqueceria. Não tinha como! Nada era mais belo, perfeito e com tantas cores. Da dimensão de onde ele saiu deixou no ar aromas levemente doces e tranquilizantes. Ele não caminhava deslizava! E a sua aura movia-se multicor. O belo Ser terminou as orações, se virou para Estrela e ela tremeu, ele sorriu e disse com a voz suavemente rouca e bem baixinha. 

"Esta tudo bem! Agora voce vai viajar, mas não tema tudo ficará bem minha pequena cria"!


E a pequena Estrela despertou na enfermaria de um grande centro médico, toda sua família estava ao seu redor, sorriam felizes por ela estar salva. Lá fora vozes, pessoas apressadas, carros, barulhos sem controle, ninguém se importava com o que ela estava contando a eles... Nem mesmo seus pais... Estrela contou feliz exaltante e com lágrimas nos olhos. Mas disseram que Ela era somente uma menininha, e deveria ter sonhado tudo aquilo durante o coma. E voltaram a se abraçarem e a comemorar. A seguir os pais pediram que todos saíssem da enfermaria para a menina dormi.

- Como assim dormir?

Estrela queria o "Bosque encantado" de volta e com todos os seres que ela amava! Com aquela tranquila e maravilhosa felicidade que nunca mais sentirá. Mas quem se importava com o que ela sentia ou queria? Importavam-se apenas com o que eles sentiam: Eles estavam felizes! Sua menina saiu do coma e eles não sofriam mais por ela, então estava tudo bem.

Enquanto Estrela crescia, nada a fazia esquecer o “Bosque encantado” e seus amigos, Não esquecia sua família de verdade. Sim! Sua família de verdade estava lá. Eles sim sabiam amar. Ela procurava sempre um lugar bem alto para ver se via algum de seus amigos.

- Por que eles me levaram sem perguntar se eu queria ir?

É a pergunta que Estrela se faz até hoje! Ela ainda espera! Quem sabe eles sintam saudades dela e venham buscá-la. Ela precisa tanto vê-los mais uma vez antes que tudo se acabe. Estrela não tem muito tempo. Só precisa vê-los mais uma vez...

Querido Magno eu te contei essa história porque preciso de um conselho:

Voce acha que eu devo dizer a ela que eles realmente existem e eu sou amiga deles também? Voce acha que eu devo leva-la para vê-los uma vez mais?

Espero resposta.

Sua para sempre

Mah Oliver.

 Bem amigos hoje foi uma história diferente, mas não deixa de ser uma aventura do Magno Matias. Ele irá decidir se Estrela vai ao "Bosque encantado" ou não.  Shubb Raatri!! Até a conclusão do Cigano Magno.



Ruby Chubb

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